BE defende equipas fixas e separação de doentes nas urgências  - TVI

BE defende equipas fixas e separação de doentes nas urgências

Catarina Martins - IX Convenção do Bloco de Esquerda [Lusa]

Catarina Martins aponta como exemplo o Hospital de São Francisco Xavier

A porta-voz do BE defendeu esta quarta-feira que os hospitais devem ter equipas médicas e de enfermagem fixas nas urgências e um sistema de separação de doentes, apontando como exemplo o Hospital de São Francisco Xavier.

Catarina Martins falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de uma hora com a administração do Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa.

A deputada bloquista afirmou que se vive «uma situação dramática» nas urgências hospitalares em Portugal e que os problemas transmitidos pelos responsáveis são claros: «Falta de recursos financeiros, falta de autonomia e a situação contratual de médicos e enfermeiros».

«O recurso a outsourcing e à prestação de serviços dificulta imenso a possibilidade de haver equipas que possam ser geridas para responder às situações complicadas quando há pico de afluxo às urgências», afirmou a líder do BE.


Catarina Martins referiu, no entanto, que o São Francisco Xavier, «tendo problemas como todos os outros», tem «soluções que apontam caminhos alternativos e que têm minorado os problemas nas urgências».

«Há soluções alternativas em campo que devem ser aprofundadas, equipas fixas nas urgências, os hospitais terem equipas médicas e de enfermagem e não recorrerem a outsourcing e separar os doentes mais graves dos menos graves, o que permite que todos sejam atendidos de forma mais rápida», afirmou.


A porta-voz do BE acusou ainda o ministro da Saúde, Paulo Macedo, de estar «muito preocupado em cortar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e muito pouco preocupado sobre como o SNS responde».

«O ministro da Saúde tem dito várias coisas, mas o que vemos é que os hospitais estão a responder cada vez menos e portanto do que precisamos é de compromissos sérios, os hospitais precisam de médicos, de enfermeiros, não podem continuar a recorrer a outsourcing», insistiu.

 
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