Presidente do IDT «impede» envio de documentos - TVI

Presidente do IDT «impede» envio de documentos

  • Portugal Diário
  • 9 nov 2007, 17:33

Acusação é do deputado do CDS-PP Nuno Melo

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O deputado do CDS-PP Nuno Melo acusou esta sexta-feira o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) de «tentar impedir o envio atempado» ao Parlamento de documentos relativos à empresa Ares do Pinhal, escreve a Lusa.

«Objectivamente, o dr. João Goulão está a tentar impedir o envio, ou o envio em tempo útil, da documentação necessária à sua audição na comissão parlamentar da Saúde», afirmou à Agência Lusa Nuno Melo.

Há 21 dias, o CDS-PP requereu ao IDT um conjunto de documentos relacionados com a empresa Ares do Pinhal, uma associação que domina a gestão de equipamentos para toxicodependentes, antes da audição parlamentar do presidente deste organismo público, João Goulão, já aprovada pelo Parlamento.

A 1 de Novembro, ao Público, João Goulão disse que enviaria a documento até final dessa semana, mas tal não aconteceu, segundo o parlamentar democrata-cristão. «Já passaram duas semanas e os documentos não foram entregues», afirmou Nuno Melo, revelando que os serviços do grupo parlamentar contactaram hoje o Ministério da Saúde e que «não tinham informações» sobre o assunto.

A bancada do CDS-PP não sabem ainda a data da Comissão parlamentar da Saúde, mas o «site» do IDT tem a informação, na rubrica «Agenda do presidente», que a audição é a 20 de Novembro.

Esta é a segunda vez que Nuno Melo exige informações e já nessa altura o deputado afirmava que «começa a ser evidente que o dr. João Goulão começa a não ter nenhumas condições para continuar à frente do IDT».

No final de Setembro, o CDS-PP requereu audições, no Parlamento, do ministro da Saúde, Correia de Campos, e do presidente do IDT sobre as ligações deste instituto público com a empresa Ares do Pinhal, noticiada pelo jornal Público.

De acordo com o jornal, a Ares do Pinhal é presidida por um alto quadro do IDT, Nuno Silva Miguel, e nunca foi sujeita a concurso público.

A Ares do Pinhal, que gere quase todos os equipamentos que dão apoio a toxicodependentes marginalizados na cidade de Lisboa, recebe verbas anuais da ordem dos 1,5 milhões de euros (a maioria proveniente do IDT), 75 por cento das quais são destinadas a remunerações, de acordo com o mesmo jornal.

A Comissão de Saúde aprovou a audição de João Goulão mas rejeitou a do ministro da Saúde.

Mais tarde o CDS-PP pediu acesso aos Relatórios de Avaliação Técnica e suportes financeiros, relativos aos anos de 2006 e 2007, de várias estruturas da associação Ares do Pinhal.
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