BE quer «levantamento geral do segredo bancário» - TVI

BE quer «levantamento geral do segredo bancário»

Helena Pinto afirma que a corrupção é «dinamite na base da democracia» e um crime que em Portugal continua «impune»

A deputada bloquista Helena Pinto garantiu que o partido vai continuar a bater-se pelo «levantamento geral do segredo bancário», afirmando que a corrupção é «dinamite na base da democracia» e um crime que em Portugal continua «impune».

Numa das primeiras intervenções no segundo dia de trabalhos da VII Convenção do BE, a deputada e membro da comissão política do partido criticou os «dirigentes partidários que hoje são governantes e amanhã serão presidentes dos conselhos de administração de empresas com quem assinaram contratos para grandes obras públicas».

«A corrupção é um crime impune, nunca há meios suficientes, nunca há peritos suficientes», lamentou, com o conclave ainda «a meio gás», para depois acusar PS, PSD, CDS-PP e também o plano acordado com a «troika» de não ter a luta contra este crime como prioridade.

No palanque do Pavilhão do Casal Vistoso, que no último dia de trabalhos da Convenção passou do vermelho para o verde, Helena Pinto prometeu que o partido vai continuar a bater-se pelo «levantamento geral do segredo bancário».

«Há sempre mais uma resistência, mais uma norma que impede que este levantamento seja geral», criticou, sustentando que «a corrupção é dinamite na base da democracia».

Já o antigo deputado do BE Fernando Rosas afirmou que o partido enfrenta «uma das mais complexas batalhas políticas» da sua história nestas legislativas.

Numa mensagem gravada por se encontrar no Brasil por motivos profissionais, o professor universitário criticou PS, PSD e CDS por terem «aceite um pacote [de medidas de austeridade] ainda antes de estarem realizadas as eleições».

Num apelo ao voto útil, Fernando Rosas defendeu que o partido deve bater-se «contra o convite à desistência» neste acto eleitoral e lutar contra «uma manipulação informativa praticamente generalizada».

Segundo Rosas, o BE deve vincar que «estas eleições se decidem entre dois campos, duas políticas, dois mundos, entre a política da bancarrota e um governo de esquerda» e «construir um pólo social e político, recentrando à esquerda a estratégia de combate à crise».
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