Rui Rio é «um bombeiro pirómano», diz Elisa - TVI

Rui Rio é «um bombeiro pirómano», diz Elisa

Elisa Ferreira no Parque da Cidade

Candidata do PS visitou o Parque da Cidade e falou de uma «bomba relógio». Ouviu mensagens de incentivo e críticas

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Elisa Ferreira acusou esta manhã Rui Rio de ser «um bombeiro pirómano», numa alusão ao comportamento do presidente da autarquia do Porto, e candidato do PSD/PP, no polémico processo do Parque da Cidade.

Numa visita ao parque, a candidata do PS referiu ainda que o adversário «prometeu o que não podia cumprir» e agora tenta apagar o incêndio que ateou.

Rio vetou a construção na linha da Circunvalação e ficou sem recursos para pagar os terrenos do Parque aos seus proprietários, diz.

Seguiram-se várias acções judiciais que a Câmara perdeu e «neste momento estamos com uma bomba relógio nas mãos», garante a candidata, que citando Rui Rio, afirma que «a Câmara corre o risco de ter de pagar 169 milhões de euros de indemnização» ou, em troca, aceitar a construção na linha da Boavista.

Ninguém quer construção no Parque, mas ...

«Para que não restem dúvidas» Elisa esclarece que «ninguém quer construções no Parque da Cidade», mas este poderá ser um mal menor para evitar o colapso financeiro da autarquia.

Oito anos volvidos sobre a decisão de Rio em impedir a construção, Elisa chamou os jornalistas para mostrar «que os terrenos onde estava prevista a construção, na linha da Circunvalação, e que representam «um quatro do Parque» estão cobertos de betão e até têm servido de «pista de aterragem» para os aviões do Red Bull Air Race.

Mais, prossegue, «temos aqui o Sport Clube do Porto a construir um pavilhão no Parque».

Para a candidata, o que o Parque tem de bom «remonta aos anos de Fernando Gomes. Daqui para cá, só foi sarilhos e é essa diferença que tem ser avaliada».

«Aposto que não quer um beijinho»

Roupa e calçado desportivo, Elisa entrou pelo Parque da Cidade pouco antes das 11 horas.

«Não se pode estar aqui» reclamava um ciclista que se via obrigado a contornar a comitiva socialista pela esquerda.

Elisa seguia o seu caminho e distribuía sorrisos, até ao desportista que suado da corrida abrandou o passo para dizer: «Aposto que não quer um beijinho».

«Camarada, parabéns e boa sorte», desejou um peão mais adiante, estendendo a mão à candidata.

Mensagens de incentivo e de oposição sucediam-se sem que Elisa se deixasse afectar. E à indiferença reinante, a antiga ministra reagia com cautela, sem nunca tomar a iniciativa da abordagem.

As «leis laborais do Governo» levam um idoso a abrandar o passo para pedir contas à candidata apoiada pelo PS. Ela desvaloriza e a Jota acorda:

«Vota Elisa Ferreira, está na hora de mudar o Porto!»

Distraído nos seus alongamentos após o treino, um jovem não resiste a brincar com o slogan: «Está na hora de mudar o Porto? Pois é, mudem-no para Gaia ...».

«Tenho azar de não me dedicar ao automobilismo

Segue Elisa já em passo acelerado para concluir a visita quando o apoio surge de longe. «Venha cá, venha cá». O grupo de praticantes de futebol está exaltado com a decisão da Câmara de vedar o campo pelado e de o entregar ao Sport Clube do Porto».

Resta-lhes um campo esburacado se não quiserem, como não querem, desembolsar 60 euros para jogar futebol no campo do Sport.

«Tenho azar de não me dedicar ao automobilismo, senão o Rio fazia-me aqui uma pista de Karts», ironiza um dos desportistas, numa alusão à corrida de carros antigos.

«Aqui não há um único voto para o dr. Rui Rio», rematam. É o que Elisa quer ouvir. A comitiva, até ali adormecida, ganha um súbito ânimo: «O Porto em frente, Elisa a presidente!»

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