«O PS está aqui [BPN] com uma cortina de fumo que ninguém entende» - TVI

«O PS está aqui [BPN] com uma cortina de fumo que ninguém entende»

Paulo Rangel (PSD)

Afirmou o líder parlamentar do PSD devido à recusa do PS nas audições parlamentar de actuais e antigos responsáveis do banco

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O líder parlamentar do PSD afirmou esta quinta-feira que o PS está, em relação ao BPN, «com uma cortina de fumo que ninguém entende» por recusar a audição parlamentar de actuais e antigos responsáveis do banco, noticia a Lusa.

Paulo Rangel frisou que o PS inviabilizou a audição dos responsáveis do banco alegando que há uma investigação judicial em curso sobre a gestão do BPN e hoje decidiu chamar ao Parlamento «o titular dos processos judiciais», o procurador-geral da República, Pinto Monteiro.

«O PS está aqui com uma cortina de fumo que ninguém entende, ninguém percebe», declarou Paulo Rangel aos jornalistas, no Parlamento, questionando «como é que é possível recusar a audição, que é por razões políticas, para nós compreendermos em que termos é que foi feita a nacionalização e se ela se justificava».

O líder parlamentar do PSD salientou que a audição de actuais e ex-responsáveis do banco «não tem nada a ver com os processos judiciais, é por razões políticas». «O Parlamento é a instância própria para avaliar se a nacionalização é uma medida correcta ou não é correcta, ouvindo pessoas como o dr. Miguel Cadilho, como o dr. Dias Loureiro ou outros, para esclarecer aspectos», argumentou.

«Como é se pode recusar isto dizendo que há uma investigação judicial e depois a única medida que se viabiliza é chamar cá o titular da investigação judicial? É uma contradição total», sustentou Paulo Rangel, referindo-se à decisão do PS de chamar ao Parlamento o procurador-geral da República, Pinto Monteiro.

«Portanto, há aqui claramente uma cortina de fumo. Não se compreende qual é o problema do PS com esta situação. Isto é uma coisa que para nós é totalmente incompreensível», acrescentou.

Paulo Rangel considerou «extraordinário» que o PS tenha hoje anunciado o pedido de audição do procurador-geral da República depois de ter recusado a audição dos antigos responsáveis do BPN Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Abdool Vakil e Rui Machete e do actual presidente do banco, Miguel Cadilhe, «com o fundamento de que não se poderia fazer interferência nos processos judiciais».

«Há aqui um problema político, que é o da nacionalização, que nós quisemos que fosse esclarecido no Parlamento e temos feito tudo para que seja esclarecido. Já o fizemos viabilizando as audições que o PS inviabilizou e já o fizemos disponibilizando-nos para apoiar a comissão parlamentar de inquérito se ela vier a ser proposta e que o PS parece que vai inviabilizar», referiu.

O líder parlamentar do PSD não quis comentar os desenvolvimentos judiciais do caso BPN.
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