A mini-máquina de campanha do CDS - TVI

A mini-máquina de campanha do CDS

Nuno Melo, cabeça de lista do CDS às europeias

Com 470 mil euros e 9 pessoas se faz esta corrida às Europeias. Um exemplo de «contenção», diz Portas

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Folhetos com o manifesto do partido e a cara do cabeça-de-lista ou do líder e, excepcionalmente, canetas: é isto que o CDS tem oferecido às pessoas na rua, além, claro, de um sorriso, beijinhos. Raramente aparecem bandeiras nas acções de campanha e mesmo as canetas não foram feitas «ao acaso» e não contêm alusões às Europeias, pelo que, as que sobrarem, podem ser distribuídas em eleições futuras. E para já, têm sido distribuídas com contenção. Só em Mercado de Santana, no domingo de manhã, e em Almada, esta terça-feira, se viram as famosas canetas.

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«Na nossa campanha não há desperdício, não há dinheiro gasto em sacos de plástico, nem outdoors por todo o país trocamos isso pelo contacto com as pessoas», afirma Nuno Melo. «Não pretendo que uma única pessoa vote no CDS porque recebeu de mim um saco de plástico ou um calendário. Quero que as pessoas votem em nós pelo trabalho que temos feito», diz ainda frequentemente o cabeça-de-lista.

Já Paulo Portas afirma que o CDS quer ser um exemplo de contenção e recorda que o próprio Presidente da República já pediu isso mesmo aos partidos, e critica quem gasta muito dinheiro na campanha, «numa altura em que o país está em crise», afirmando mesmo que é «falta de respeito» para com os portugueses.

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O director de campanha, José Pedro Amaral, explicou ao tvi24.pt a máquina de campanha e em que é que o partido gasta os cerca de 470 mil euros do orçamento para estas eleições. Do «magro» orçamento, quando comparado com o dos concorrentes, sai a verba para pagar o aluguer dos dois carros: aquele em que circula Nuno Melo e o do assessor de imprensa, Pedro Salgueiro. O Volvo que transporta Portas é do partido. O orçamento cobre ainda os hotéis e os jantares da comitiva e dos jornalistas. Cada militante tem pago cerca de 10 euros pelos jantares comício. As estruturas locais complementam, caso falte alguma verba.

Cabe ainda às estruturas locais grande parte da organização das acções, ainda assim, além dos assessor de imprensa, do director de campanha e dos dois motoristas, há mais cinco pessoas que integram a «máquina» do CDS e que estão encarregues da logística. Dois são funcionários do partido e três são de uma empresa contratada para garantir som de qualidade nos jantares comício. Esta equipa «vai todos os dias dormir a Lisboa para poupar dinheiro», explica José Pedro Amaral.

A esta «equipa» fixa, vão-se juntando militantes e rostos mais conhecidos do partido, que estão presentes quando podem.
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