CDU fala em ataque coordenado à contratação coletiva a nível europeu - TVI

CDU fala em ataque coordenado à contratação coletiva a nível europeu

João Ferreira, cabeça de lista da coligação, diz que a intenção do Governo é «desferir mais um profundo ataque aos trabalhadores»

O cabeça de lista da CDU às eleições europeias criticou esta sexta-feira a anunciada mudança das regras no fim dos contratos coletivos de trabalho, tendo afirmado ser uma nova etapa de um ataque coordenado a nível europeu.

Em declarações à agência Lusa, numa ação de campanha que decorreu esta sexta-feira à porta da fábrica da Mitsubishi, no Tramagal, João Ferreira disse que a intenção do Governo é «desferir mais um profundo ataque aos trabalhadores, aos seus rendimentos e direitos laborais e sociais, numa nova etapa de um ataque coordenado a nível europeu».

O cabeça de lista da CDU para as eleições a realizar dia 25 de maio para o Parlamento Europeu lembrou que «foi há dois anos assinado em França, em plena crise do euro, o Pacto Euro +, com Merkel e Sarkozy a desenharem o caminho do ataque aos direitos laborais e sociais, o aumento da idade das reformas e o fim da contratação coletiva», entre outras medidas.

«É desse pacto, entretanto subscrito pelas principais famílias políticas europeias e pelo PSD, CDS-PP e PS, a nível nacional, que decorrem estas orientações e que ainda hoje estão a ser postas em prática, desarticulando uma arma dos trabalhadores na defesa dos seus interesses e dos seus direitos, e procurando acabar com uma das conquistas do 25 de Abril, que é o direito à contratação coletiva, um direito consagrado na Constituição», defendeu.

No entender do candidato da CDU, «o anúncio da intensificação destes ataques não vai resultar em outra coisa que não uma maior degradação das condições de trabalho, do poder de compra dos trabalhadores, e na clarificação das opções que se vão defender» no próximo dia 25 de maio, dia das eleições.

«A opção dos portugueses vai ser travada entre aqueles que querem prosseguir este rumo de exploração, de empobrecimento e de crescentes injustiças, ou a reversão e profunda rutura com este caminho, e que implica necessariamente a devolução aos trabalhadores, e generalidade da população, aquilo que lhes foi retirado, reforçando o primado da contratação coletiva», defendeu João Ferreira.

«É a partir desta linha divisória que se desenham as opções», reiterou, pedindo aos trabalhadores da fábrica do Tramagal «um voto pela mudança e um reforço da expressão da CDU», no Parlamento Europeu.
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