Ângelo Correia critica «estratégia do silêncio» do PSD - TVI

Ângelo Correia critica «estratégia do silêncio» do PSD

PSD: Festa do Pontal no Algarve

Social-democrata apelou à mobilização dos militantes na Festa do Pontal

Ângelo Correia contestou, no Pontal, Algarve, a estratégia social-democrata do silêncio, apelando à mobilização de todos os militantes para ganhar as próximas eleições, de modo a que o partido substitua o «modelo esgotado» do PS no Governo, noticia a Lusa.

O líder distrital Mendes Bota, numa alusão indirecta à ausência da líder do partido, Manuela Ferreira Leite, clamou, por seu lado: «Nós aqui não temos vergonha de vir para a rua, a rua não é do PCP».

Festa do Pontal não se enquadra no «estilo» de Ferreira Leite

Falando no encerramento da Festa do Pontal, em Quarteira, Ângelo Correia, ex-presidente da Mesa do Congresso da direcção de Luís Filipe Menezes, sustentou que o Partido não se pode limitar a esperar que os socialistas percam a maioria absoluta.

«O PS já perdeu a maioria absoluta, isso é certo, e nós precisamos agora de lutar para arrebatar o poder», disse, perante as cerca de 1.500 pessoas que enchiam o recinto, no extremo Leste do «calçadão» de Quarteira.

«A arma que não podemos ter é o silêncio»

Frisando que o poder não chegará ao PSD «caído do céu», Ângelo Correia sublinhou que «a pior coisa que um partido político poderia ter era não mobilizar os militantes para a luta».

«A arma que não podemos ter é o silêncio», disse, enfatizando que essa falta de acção «só pode significar ignorância ou distanciamento do país».

Sem qualquer alusão directa à ausência da líder do partido, Manuela Ferreira Leite, da festa do Pontal - que assinalou a sua 33ª edição - Ângelo Correia acentuou que a sua presença no evento se verificou «para ajudar à unidade do partido».

No mesmo sentido, observou que o actual líder do PSD/Algarve, Mendes Bota, e Macário Correia «se sentaram quinta-feira à mesma mesa, quando ainda há um mês atrás disputavam a liderança da distrital do partido».

PS «aos ziguezagues»

Num discurso em grande parte virado para o papel de Portugal no contexto da globalização, acusou o PS «de andar aos ziguezagues» desde o início do ano.

«Os socialistas cansaram-se de procurar o caminho, pararam. O PS não tem a tenacidade, o conhecimento e a competência necessários para enfrentar dificuldades», disse, acusando o Governo de ter «claudicado» quando começaram as críticas.

«A alma do PS não está com o Governo, anda algures entre Mário Soares e Manuel Alegre», afirmou, frisando que o PS «bloqueou» e com ele o país.
Continue a ler esta notícia