«Sobrevivência da democracia» em causa nas eleições - TVI

«Sobrevivência da democracia» em causa nas eleições

Comício jantar do PSD

PS instalou «o medo» no país. No dia 27, joga-se a «liberdade» dos portugueses, garante Ferreira Leite

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O medo, a falta de liberdade, a sobrevivência da democracia. Manuela Ferreira Leite endureceu o discurso, falou do caso das escutas - que esta sexta-feira invadiu a campanha - e, mais assertiva do que nunca, voltou ao tema da «asfixia democrática» para dizer que o que se passa em Portugal é «impensável» e não acontece desde o 25 de Abril.

A líder do PSD, que se furtou a falar do caso que envolve o jornal «Público» durante todo o dia, guardou argumentos para esta noite, e perante cerca de três mil militantes disse que não aceita que «haja um director de um jornal reconhecido e prestigiado no nosso país que possa estar sob escuta: isto não é liberdade, é uma condicionante ao nosso desenvolvimento».

E dramatizando o discurso como nunca, Ferreira Leite sublinhou que está «nesta luta essencial para a sobrevivência da democracia e do desenvolvimento económico».

Em causa, no próximo dia 27, está a «liberdade» dos portugueses, uma «mudança de rumo» e a possibilidade de viver num país novo».



Ferreira Leite falou ainda do caso TVI, das multas perdoadas a funcionários do PS e de recursos governamentais utilizados pelo PS em campanha, galvanizando os militantes presentes no Parque de Exposições em Aveiro.

«Não é liberdade: é condicionar o desenvolvimento»

«Eu não aceito viver num país em que haja uma estação de televisão que, sendo incómoda para o primeiro-ministro, seja silenciada sem nós sabermos porquê. Eu não aceito viver num país em que haja um director-geral de um serviço público que tenha o descaramento de perdoar as multas aos funcionários do PS só porque são do PS. Não aceito viver num país em que os meios e os recursos públicos que nós pagamos com os nossos impostos estejam a ser utilizados para fazer campanha eleitoral do partido que apoia o Governo».

«E não aceito que haja um director de um jornal reconhecido e prestigiado no nosso país que possa estar sob escuta. Isto não é liberdade, isto é uma condicionante ao nosso desenvolvimento».



No discurso mais assertivo e agressivo desta campanha, Ferreira Leite sublinhou que o país não sairá da situação de crise porque o PS «trouxe à sociedade algo que não existia: e aquilo que o PS trouxe foi o medo. As pessoas têm medo. E não há nenhuma sociedade que consiga crescer com medo».

Por isso, Ferreira Leite vê uma sociedade «bloqueada» da qual só se pode esperar «decadência».

Depois da maior arruada, Ferreira Leite fechou a noite com o maior jantar-comício da campanha, naquele que parece ser o pontapé de saída para um fim-de-semana preenchido, animado para uma sondagem mais favorável, divulgada hoje pela TVI.
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