Freeport e BCP: Louçã quer investigações mais rápidas

O líder do Bloco de Esquerda defendeu esta terça-feira que as investigações aos crimes económicos devem ser rápidas e seguir o rasto do dinheiro e não demorarem quase uma dezena de anos como aconteceu com os casos Freeport e BCP.

Francisco Louçã falou num comício em Monte Gordo, no Algarve, e considerou que os dois casos são paradigmáticos do mau funcionamento e da morosidade da justiça, o que é «inadmissível» em democracia.

«Qualquer investigação no âmbito do crime económico tem que ser rápida e seguir o rasto do dinheiro. Investigar contas bancárias, cheques, levantamentos, depósitos», afirmou.

Francisco Louçã falou ainda do caso Freeport para dizer que o Bloco defende o que sempre defendeu: «Um licenciamento não deve ser feito por um Governo que perdeu as eleições.»

«E isto aplica-se a todos os governos e não só a José Sócrates», afirmou Louçã, frisando que esta situação «já aconteceu com vários governos» e, por isso, «o Bloco defende que as tomadas de posse após as eleições devem ser mais rápidas».

Relativamente ao BCP, o deputado lamentou que os administradores agora acusados pelos crimes de manipulação de mercado e falsificação de documentos tenham recebido indemnizações e reformas avultadas e agora estejam a responder perante a justiça.