Ministra está a pagar «preço da inflexibilidade», diz Portas - TVI

Ministra está a pagar «preço da inflexibilidade», diz Portas

Protesto contra a ministra da Educação

«A ministra quis virar o país inteiro contra os professores e virou os professores contra ela»

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O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou esta sexta-feira que a ministra da Educação «está a pagar o preço da sua inflexibilidade» no processo de avaliação dos professores e defendeu a rápida simplificação do sistema, noticia a Lusa.

«A senhora ministra está a pagar o preço da sua inflexibilidade. (¿) A ministra quis virar o país inteiro contra os professores e virou os professores contra ela. É preciso saber ouvir, negociar e chegar a um compromisso», afirmou Paulo Portas.

Questionado sobre se o CDS-PP defende a demissão da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, Paulo Portas disse que «o que é urgente» é acabar «com a bagunça» motivada pela contestação ao processo de avaliação e defendeu que o sistema seja rectificado e «rapidamente simplificado».

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«A posição em que a ministra se coloca lembra aquela em que o [ex-ministro da Saúde] dr. Correia de Campos se colocou e acabou por ser demitido. (¿) Sou favorável à avaliação e sou crítico deste modelo. Não se trata de suspender, trata-se de rectificar no que é injusto», disse.

Nesse sentido, o líder do CDS-PP anunciou que irá apresentar no Parlamento uma proposta de modelo de avaliação que, com algumas adaptações, se inspira no exemplo do sistema usado no Ensino Particular e Cooperativo. O líder democrata-cristão frisou que aquele modelo «não deu polémica, foi contratualizado com os sindicatos, e é muito mais simplificado».

Protestos são lamentáveis

Já a Juventude Popular (JP) considerou esta sexta-feira, no Porto, «absolutamente lamentáveis» os protestos de alguns alunos contra o novo regime de faltas aprovado pelo Governo. Pedro Moutinho, líder da JP, sustentou, em declarações à agência Lusa, que tais comportamentos «são tão condenáveis como qualquer outro acto de indisciplina dentro das salas de aula».

«A intolerância para com a indisciplina dos alunos não se pode resumir à indisciplina dentro das salas de aula», defendeu. A JP discorda da forma como tem sido feita oposição ao sistema de faltas que o Governo impôs. «Não podemos esperar que os alunos se portem bem dentro nas aulas e que se portem assim fora delas».

O líder da JP manifestou, no entanto, o seu «desacordo total» com o modelo instituído pelo ministério de Maria de Lurdes Rodrigues. «Não aceitamos em primeiro lugar que uma falta justificada tenha o mesmo tratamento que uma falta injustificada», referiu o responsável.
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