Isaltino: «Nunca cometi nenhum crime no exercício das minhas funções» - TVI

Isaltino: «Nunca cometi nenhum crime no exercício das minhas funções»

Isaltino Morais

CDS e CDU pediram a demissão do presidente da Câmara de Oeiras. «Não admito que me condenem na Assembleia», diz autarca

Relacionados
O CDS-PP e a CDU pediram a demissão do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, que, em resposta, disse que não admite ser «condenado» pela oposição até haver uma decisão final da justiça sobre o seu caso.

O autarca viu, na semana passada, o tribunal da relação confirmar-lhe a condenação a pena de prisão de dois anos pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais mas reafirmou a sua inocência, durante uma Assembleia Municipal, recordando que o processo não está concluído.

Isaltino: «Erro técnico» obriga à reabertura do julgamento

Prisão efectiva de Isaltino confirmada pelo Tribunal da Relação

«Até à última decisão não admito que me condenem nesta Assembleia», disse Isaltino Morais durante a sua intervenção, durante a qual lembrou as «muitas pedradas e julgamentos de praça pública» de que já foi alvo.

«Nunca cometi nenhum crime no exercício das minhas funções e este acórdão vem provar isso mesmo e espero que o próximo acórdão já venha provar a minha total inocência», frisou.

Na primeira instância, o autarca havia sido condenado a sete anos de prisão e a perda de mandato por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para ato ilícito e branqueamento de capitais no Tribunal de Sintra. Posteriormente, a relação veio a reduzir a pena de sete para dois anos de prisão efectiva.

Isaltino Morais respondia assim às críticas feitas pela deputada do CDS-PP Isabel Sande e Castro que, no seu discurso, apontou «falta de seriedade» ao líder do executivo, sublinhando que a condenação do autarca será sempre uma «mancha».

«A obra fica sempre manchada por muito virtuoso que tenha sido o seu mandato», concluiu a deputada.

No final da sessão, em declarações à Lusa, Isabel Sande e Castro pediu a demissão do autarca, uma exigência que é também subscrita pelo deputado da CDU Daniel Branco, considerando que todo o processo que envolve Isaltino Morais «tem marcado muito o estado em que o município tem funcionado».

«Quando, no futuro, alguém vier analisar a gestão do nosso município depois de 2005, será forçado a considerar como relevante a situação judicial por que tem passado o actual presidente da Câmara», disse o deputado.

No final da reunião, Isaltino Morais recusou prestar mais esclarecimentos sobre o processo, afirmando apenas que acredita na Justiça.
Continue a ler esta notícia

Relacionados