A Madeira «não tem culpa do estado a que o País chegou» - TVI

A Madeira «não tem culpa do estado a que o País chegou»

Comentário de Alberto João Jardim

Jardim diz que «O País é um só, continente e regiões autónomas. Os sacrifícios são iguais para todos»

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O presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou esta segunda-feira que, face às críticas sobre a situação financeira do arquipélago, a região «só tem uma solução: defender-se ou desprezar as críticas».

A afirmação foi feita por ocasião da inauguração de um parque eólico, o Loiral II, que vai fornecer energia eléctrica para o consumo de todo o concelho do Porto Moniz, um projecto promovido pela Empresa de Electricidade da Madeira que representou um investimento de 6,5 milhões de euros.

«O País é um só, continente e regiões autónomas. Os sacrifícios são iguais para todos. Também os benefícios da política de recuperação financeira, que está em curso, têm que ser igual para todos», acrescentou.

O governante madeirense garantiu que a região não abdica desta posição de tratamento igual, alertando que «quando as pátrias entram em completo choque, não encontram consensos no seu interior, corre-se o risco de se quebrarem por dentro».

Salientou que a Madeira «não tem culpa do estado a que o País chegou», recordando que há muito vem dizendo que a situação poderia chegar a este ponto. «Temos o dever patrioticamente de ajudar a recuperação do País. O que não temos é obrigação de ajudar os outros quando os outros não nos querem ajudar», argumentou.

Jardim destacou que «o défice orçamental da região é 0,3 por cento do PIB português», que comparou com o dos transportes públicos de Lisboa e Porto é que disse serem «0,5 por cento».

O líder madeirense sublinhou ainda que a região «não ia deixar de fazer os investimentos que a tempo tinha de fazer, apenas para fazer a vontade política de outros ou cair em jogos políticos que não trariam qualquer tipo de utilidade para a Madeira».

Opinou que «neste País tudo o que é positivo é deturpado e, como estamos a ver, a comunicação social é uma arma utilizada mais para combate político e diversos tipos de estratégia do que para cumprir missão de informar».

Adiantou que «estes programas são para continuar, conforme o que está planeado, porque as futuras gerações poderão ver a diferença entre o dinheiro gasto e aplicado em investimento visível na Madeira e ver, por exemplo, o que foi gasto em consumo e subsidio e trouxe o País à situação actual».

Jardim garantiu ainda que o governo regional não tem qualquer intenção de privatizar a «mpresa de Electricidade da Madeira (EEM).

«A minha intenção é continuar com este programa e planeamento, o que desmente qualquer boato que o meu Governo teria qualquer intenção de privatizar a EEM. Não pode, nem deve, porque seria uma estupidez num território insularizado e podia comprometer este programa que está realizado e tem como horizonte 2020», concluiu.
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