Jerónimo de Sousa abordou a questão do afastamento de Lopes da Mota da presidência do Eurojust com mais cautela que o deputado do PCP António Filipe havia tido na terça-feira, quando referiu que o procurador já não tinha condições para continuar no cargo.
Para o secretário-geral do PCP, Lopes da Mota só deverá ser afastado quando se confirmarem as alegadas pressões no âmbito do caso Freeport.
«Governo não fez, nem faz pressões», diz Sócrates
«Não quero apressar juízos de valor, tendo em conta que o processo disciplinar instaurado a Lopes da Mota está a decorrer. Mas, a confirmarem-se os indícios que vieram a público, creio que não há condições políticas para essa pessoa continuar a ocupar o lugar de responsabilidade política», disse aos jornalistas antes de um jantar com algumas personalidades da Justiça.
No entanto, Jerónimo não deixou de responsabilizar José Sócrates na tarefa de afastar o presidente do Eurojust: «O Governo não se pode eximir, tem uma quota-parte de responsabilidade política, tem de agir em conformidade com o desfecho do processo disciplinar, não pode ficar na expectativa de que o procurador-geral da República pode resolver uma questão política.»
Freeport: Jerónimo não quer «apressar juízos de valor»
- tvi24
- CP
- 13 mai 2009, 22:51
Ao contrário do que o deputado António Filipe disse na terça-feira, o líder do PCP não defende o afastamento imediato de Lopes da Mota
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