Demissão imediata da ministra da Educação - TVI

Demissão imediata da ministra da Educação

Protesto contra a ministra da Educação

Candidato a líder da JSD diz que «clima de instabilidade» nas escolas é insuportável: são «os problemas que o Magalhães não resolve»

Relacionados
O candidato a líder da JSD, cujo congresso está agendado para o fim do mês, pede a demissão imediata da ministra da Educação. Em comunicado enviado ao PortugalDiário, Bruno Ventura vê nas últimas «manifestações de descontentamento e discordância» um «clima de instabilidade que se abate hoje sobre as nossas escolas».

Para Bruno Ventura, «pouco depois do início do seu mandato, a equipa ministerial da Educação promoveu uma campanha de descredibilização dos professores, contribuindo para uma diminuição do reconhecimento público da sua profissão, para depois introduzir mudanças na carreira docente».

«As tarefas e missões atiradas para as escolas têm levado a que os professores desviam a atenção dos seus alunos», perdendo tempo com «tarefas burocráticas».

«O agravamento das relações entre professores e ministérios (...) teve como corolário a maior manifestação de docentes jamais realizada no nosso país» com 100 mil pessoas. Oito meses depois, 120 mil professores voltaram a encher as artérias da capital.

«Quando uma classe tão importante para o desenvolvimento dos jovens portugueses sai à rua neste movimento, isso só pode demonstrar que algo vai mal dentro das escolas» e os «maiores prejudicados são os alunos».

Bruno Ventura ataca ainda o Estatuto do Aluno, «que penaliza os alunos com doenças crónicas e que necessitam de tratamentos médicos frequentes. É o que sucede quando este diploma considera iguais as faltas dadas por doença às faltas dadas por qualquer outra razão».

O candidato percebe as razões que levam os alunos a manifestarem-se, estranhando a atitude do secretário de Estado Adjunto da Educação, que lançou a suspeição sobre a organização destes protestos. «Também hoje, a diligente Directora Regional de Educação do Norte, conhecida por ter institucionalizado a "bufaria" no seu serviço, lançou a mesma suspeição - desta vez contra funcionários do próprio ministério».

Por isso, Bruno Ventura acusa a tutela de ter falhado para com a juventude portuguesa, apesar da política de distribuição de «Magalhães» ter sido «panaceia para a resolução de todos os problemas da educação».

Para o «jota» é evidente que «esta ministra é responsável pela retirada dos alunos do centro da escola»; a atenção do ministério está focalizada nos professores que, por sua vez, está «centrada na aplicação de um modelo de avaliação burocrático que absorve por completo a disponibilidade dos professores para o apoio educativo e para um ensino dedicado e de qualidade».
Continue a ler esta notícia

Relacionados