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Regionalização: «País não tem dimensão»

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Autarca de Leiria considera que regiões «apenas servem para criar novas classes políticas»

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A presidente da Câmara Municipal de Leiria, Isabel Damasceno, rejeita qualquer processo de regionalização do país, considerando que Portugal «não tem dimensão que justifique a criação de regiões artificiais administrativas», escreve a Lusa.

Segundo a autarca social-democrata, tais regiões «apenas servem para criar novas classes políticas e pagar não sei quanto dinheiro mais a não sei quantos políticos para favores partidários».

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Para Isabel Damasceno, ao invés da regionalização, a aposta deve passar pelo associativismo municipal «para grandes projectos transversais, dando-lhe competências do ponte de vista do licenciamento», e «acabar com muitas direcções regionais».

Além de mais poderes para as associações de municípios, a presidente da Câmara Municipal de Leiria defende ainda «a delegação de competências nas Câmaras Municipais».

«Mas sempre acompanhadas com critérios objectivos de transferências de meios financeiros e materiais», declarou à agência Lusa a autarca, que lembrou: «Não é muitas vezes o que agora acontece, com estes atropelos de delegações de competências».

O secretário-geral do PS, José Sócrates, apresentou domingo uma moção na qual o partido se assume a favor da regionalização, com base no modelo das cinco regiões.

«O compromisso político do PS é avançar mais na descentralização de competências para as autarquias locais. E é procurar o apoio político e social necessário para colocar com êxito, no quadro da próxima legislatura, e nos termos definidos pela Constituição, a questão da regionalização administrativa, no modelo das cinco regiões», refere a moção.
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