O líder do Bloco de Esquerda defendeu este sábado que a moção de censura que o partido vai apresentar «responde por mais de metade da população portuguesa» e sublinhou que Portugal é hoje um país «mais desigual» que o Egipto, escreve a Lusa.
«Esta moção de censura responde por mais de metade da população portuguesa. Os desempregados, os trabalhadores precários e quem tem sido destruído por uma economia cruel. Portugal é hoje um país mais desigual que o Egipto em todas as comparações internacionais», afirmou Francisco Louçã.
O líder do Bloco de Esquerda falava aos jornalistas esta tarde na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde é o principal orador do Curso de Introdução à Economia Política.
Francisco Louçã afirmou que a moção que o Bloco de Esquerda vai apresentar contra o Governo a 10 de Março tem como razões fundamentais «salvar o país e as gerações que estão a ser destruídas pelas medidas que o Governo apresenta para promover a facilidade dos despedimento», mas também defender «uma geração de trabalhadores, jovens cientistas que vivem à procura da bolsa, de trabalhadores qualificados que vivem à espera do recibo verde».
«Percebo que os barões da situação estejam irritadíssimos e estou convencido de que ficarão mais irritados ainda quando souberam as duas razões fundamentais para esta moção de censura», afirmou.
Portugal é um país «mais desigual» que o Egipto
- tvi24
- PP
- 12 fev 2011, 16:43
Francisco Louçã volta a defender motivos do Bloco para apresentar moção de censura
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