O social-democrata Pacheco Pereira quer que a direcção do PSD de Luís Filipe Menezes seja afastada antes das eleições de 2009 e prevê que a mudança de liderança «vai mesmo ter de ser «à bomba», noticia a Lusa.
Em quatro textos publicados entre sexta-feira e domingo no seu blogue, www.abrupto.blogspot.com, Pacheco Pereira defende que o PSD tem de se apresentar às eleições de 2009 com uma nova liderança.
«2008 já pode ser tarde demais e em 2010 já será certamente tarde demais», considera o comentador político, que escreve que «afastar a actual direcção» do PSD «é aquilo que todos esperam».
«O desastre anunciado»
Pacheco Pereira declara-se «jardinista» nesta matéria: «Como [Alberto João] Jardim considero que a última oportunidade para inverter o plano inclinado é em princípios de 2009, depois é só assistir ao desastre anunciado».
Alguns órgãos de comunicação social atribuíram a Luís Filipe Menezes, a expressão de que quem o quiser afastar da presidência do PSD terá de fazê-lo «à bomba». Segundo Pacheco Pereira, «não vai ser fácil porque vai mesmo ter que ser «à bomba», dado que em 2009 há dezenas de lugares apetecidos para distribuir e para cada lugar há cinco pessoas da situação a quem este foi prometido e dez que acham que lá podem chegar no meio da guerra civil».
«Aqueles que contam com a derrota do PSD em 2009, para afastar a actual direcção, - e não adianta estarmos a enganar-nos uns aos outros com palavrinhas de circunstância, é aquilo que todos esperam, - prestam um péssimo serviço a uma alternativa mais que necessária ao PS», argumenta o social-democrata.
Pacheco Pereira refere que «há quem pense que se deve dar uma oportunidade ao líder de ir a eleições» e acrescenta: «Em condições normais, talvez sim, se não tivesse há muito deixado de haver condições normais». O risco é «acordar em 2010 com um PSD que perdeu de vez a sua dimensão nacional, um partido que conta cada vez menos para a vida pública», sustenta.
Por outro lado, Pacheco Pereira interroga-se se, perante a oportunidade de substituir a direcção de Menezes, «será que aparece a gente séria e capaz que ainda existe no PSD, para se mobilizar num programa e num governo alternativo ao PS de Sócrates». «Aí tem mesmo que aparecer, sob pena de até eu ir votar em Menezes, metaforicamente falando claro está», declara.
Afastar Menezes vai ter de ser «à bomba»
- Portugal Diário
- - LM
- 31 mar 2008, 17:28
Pacheco Pereira quer que PSD se apresente em 2009 com uma nova liderança
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