Afastar Menezes vai ter de ser «à bomba» - TVI

Afastar Menezes vai ter de ser «à bomba»

  • Portugal Diário
  • - LM
  • 31 mar 2008, 17:28
Luís Filipe Menezes

Pacheco Pereira quer que PSD se apresente em 2009 com uma nova liderança

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O social-democrata Pacheco Pereira quer que a direcção do PSD de Luís Filipe Menezes seja afastada antes das eleições de 2009 e prevê que a mudança de liderança «vai mesmo ter de ser «à bomba», noticia a Lusa.

Em quatro textos publicados entre sexta-feira e domingo no seu blogue, www.abrupto.blogspot.com, Pacheco Pereira defende que o PSD tem de se apresentar às eleições de 2009 com uma nova liderança.

«2008 já pode ser tarde demais e em 2010 já será certamente tarde demais», considera o comentador político, que escreve que «afastar a actual direcção» do PSD «é aquilo que todos esperam».

«O desastre anunciado»

Pacheco Pereira declara-se «jardinista» nesta matéria: «Como [Alberto João] Jardim considero que a última oportunidade para inverter o plano inclinado é em princípios de 2009, depois é só assistir ao desastre anunciado».

Alguns órgãos de comunicação social atribuíram a Luís Filipe Menezes, a expressão de que quem o quiser afastar da presidência do PSD terá de fazê-lo «à bomba». Segundo Pacheco Pereira, «não vai ser fácil porque vai mesmo ter que ser «à bomba», dado que em 2009 há dezenas de lugares apetecidos para distribuir e para cada lugar há cinco pessoas da situação a quem este foi prometido e dez que acham que lá podem chegar no meio da guerra civil».

«Aqueles que contam com a derrota do PSD em 2009, para afastar a actual direcção, - e não adianta estarmos a enganar-nos uns aos outros com palavrinhas de circunstância, é aquilo que todos esperam, - prestam um péssimo serviço a uma alternativa mais que necessária ao PS», argumenta o social-democrata.

Pacheco Pereira refere que «há quem pense que se deve dar uma oportunidade ao líder de ir a eleições» e acrescenta: «Em condições normais, talvez sim, se não tivesse há muito deixado de haver condições normais». O risco é «acordar em 2010 com um PSD que perdeu de vez a sua dimensão nacional, um partido que conta cada vez menos para a vida pública», sustenta.

Por outro lado, Pacheco Pereira interroga-se se, perante a oportunidade de substituir a direcção de Menezes, «será que aparece a gente séria e capaz que ainda existe no PSD, para se mobilizar num programa e num governo alternativo ao PS de Sócrates». «Aí tem mesmo que aparecer, sob pena de até eu ir votar em Menezes, metaforicamente falando claro está», declara.
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