PSD nega divergências e afirma que coligação está «coesa»

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, negou esta quarta-feira a existência de quaisquer divergências da parte do CDS-PP sobre as medidas de redução estrutural da despesa pública e afirmou que a coligação está coesa.

«Foi uma boa jornada de trabalho e foi também uma reunião que expressa de forma bem vincada a coesão desta coligação», afirmou Luís Montenegro, no final de uma reunião da maioria parlamentar PSD/CDS-PP com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, na Assembleia da República.

Questionado se nesta reunião houve reflexos das divergências que o CDS-PP manifestou no domingo em relação a uma eventual contribuição sobre as pensões, o líder parlamentar do PSD respondeu: «Não houve nenhuma divergência que tenha sido colocada, nem no domingo, nem hoje».

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas não prestaram declarações aos jornalistas à chegada nem à saída desta reunião com os deputados do PSD e do CDS-PP, que durou pouco mais de duas horas, terminando perto das 21:00.

Interrogado se vai ou não ser aplicada uma contribuição sobre as pensões indexada ao crescimento económico, Luís Montenegro disse não querer «entrar no detalhe daquilo que são as medidas que estão em discussão com os parceiros sociais e com os partidos políticos».

Quanto ao processo de discussão das medidas de redução da despesa anunciadas pelo primeiro-ministro, declarou: «Cada um dos nossos partidos terá ocasião de dialogar diretamente com o Governo e de deixar nas reuniões que vão consubstanciar esse diálogo as suas posições, as suas alternativas que queiram também colocar em cima da mesa».

Segundo Luís Montenegro, na reunião de hoje foi notória «uma partilha grande de propósitos, de objetivos, de estratégias» para a recuperação do país.

«Foi uma reunião muito viva, com uma troca de ideias, de informações, de perceções daquilo que tem sido o trabalho do Governo muito rica, muito interessante», considerou.