Camarate: PSD disponível se surgirem factos «suficientemente fortes» - TVI

Camarate: PSD disponível se surgirem factos «suficientemente fortes»

Miguel Macedo

Miguel Macedo pondera novo inquérito parlamentar

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ACTUALIZADA ÀS 20h31

O líder do grupo parlamentar social-democrata, Miguel Macedo, afirmou que, se surgirem novos dados, «factos que sejam avaliados como suficientemente fortes», o PSD tem abertura para ponderar um novo inquérito parlamentar ao caso Camarate.

«Sobre isso já falou o presidente do partido. O que ele disse, com o qual eu concordo, foi que, a existir, se existir [um novo inquérito parlamentar], que não deve decorrer automaticamente daquilo que ontem aconteceu [o livro de Freitas do Amaral apresentado na segunda-feira] e que carece de uma ponderação prévia, que evidentemente, ainda não está feita», declarou o líder parlamentar do PSD.

«E tem de ser com base em factos que sejam avaliados como suficientemente fortes para viabilizar uma comissão de inquérito. Subscrevo as palavras do presidente do partido sobre isso», acrescentou.

Questionado se isso requer uma avaliação das conclusões da última comissão de inquérito parlamentar ao caso Camarate, o líder parlamentar do PSD respondeu: «Sim, também, ou eventuais novos dados que venham a lume.»

Miguel Macedo reforçou a ideia de que a posição assumida por Pedro Passos Coelho na segunda-feira foi a de que a constituição de um novo inquérito parlamentar «não tem de ser uma decorrência automática de qualquer facto que surja a público».

«Sendo que o PSD, pela voz também do presidente do partido, não escondeu que, no caso de isso suceder, tem abertura para encarar essa hipótese [constituir um novo inquérito]», concluiu.

Questionado se essa ponderação depende, portanto, de virem a aparecer novos dados, Miguel Macedo confirmou: «Sim, claro.»

CDS-PP admite propor novo inquérito

O líder parlamentar democrata-cristão disse que o CDS-PP admite propor uma comissão de inquérito parlamentar ao caso Camarate e que o quer fazer «da forma mais consensual possível».

Em declarações à Agência Lusa, Pedro Mota Soares sublinhou que «sempre que o Parlamento fez uma comissão de inquérito [ao caso Camarate] foi possível aproximar-se mais da verdade do que a anterior».



«Nesse sentido, o CDS admite propor uma comissão de inquérito para se continuar a investigação, e na senda do que a oitava comissão apontou», disse.

No entanto, o líder parlamentar do CDS-PP frisou que o objectivo é fazer a proposta «da forma mais consensual possível» e adiantou que irá iniciar conversações com os restantes partidos.
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