Jerónimo: «Passos devia ser mais PM e menos companheiro de partido» - TVI

Jerónimo: «Passos devia ser mais PM e menos companheiro de partido»

Jerónimo de Sousa

Em causa a polémica em torno das secretas, que envolve o nome do ministro Miguel Relvas

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou, esta sexta-feira, que Pedro Passos Coelho «deveria afirmar-se mais como primeiro-ministro do que como companheiro de partido», referindo-se à polémica das secretas que envolveu o nome do ministro Miguel Relvas.

À margem da apresentação da obra «Tu, Liberdade Livre», de Siza Vieira, Manuel Gusmão e Armando Alves, Jerónimo de Sousa foi questionado sobre o facto Pedro Passos Coelho ter desvalorizado o envolvimento de Miguel Relvas no caso das secretas e de manter a confiança política no ministro.

«Penso que o primeiro-ministro, naturalmente, por razões de solidariedade para com alguém do seu partido não vai encarar a sério esta necessidade. Se alguém desrespeitou a lei e o funcionamento democrático de uma área tão sensível como são os Serviços Secretos, os serviços da República, naturalmente é uma visão sectária, de amiguismo e não uma visão política de quem se demonstra cada vez mais que há uma conexão com aquele processo das escutas e com o processo de passagem de informações», criticou.

O secretário-geral do PCP foi perentório: «Passos Coelho deveria afirmar-se mais como primeiro-ministro do que como companheiro de partido».

O primeiro-ministro disse quinta-feira que a questão sobre a manutenção da confiança política em Miguel Relvas «não tem nenhuma razão de ser», não se manifestando preocupado «no contexto em que foi suscitado» o nome do ministro.

O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, deve ser ouvido na terça-feira no Parlamento sobre as «secretas», na sequência de um pedido de audição do Bloco de Esquerda que o próprio quis que se realizasse com urgência.

Na base do pedido de audição do BE está a notícia do jornal «Público» sobre as «secretas», segundo a qual o ex-diretor do Sistema de Informações Estratégicas e de Defesa (SIED), Jorge Silva Carvalho, «algum tempo depois das eleições legislativas de 2011», quando era já quadro da empresa Ongoing, «enviou, por correio eletrónico, ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, um relatório detalhado com um plano para reformar os serviços de informação».
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