O ex-vice-presidente democrata-cristão Nobre Guedes considerou esta terça-feira que as demissões anunciadas de vários militantes do partido «são más decisões» e sustentou que o CDS-PP continua a ter espaço para a diversidade, refere a Lusa.
«Não acho nada bem. São más decisões e isso não é bom para o partido», afirmou Nobre Guedes.
Para o ex-dirigente, que não irá ao XXIII Congresso, em Janeiro, por não ter sido eleito delegado, o CDS-PP «continua a ter espaço» para a discussão interna e «para a diversidade de opiniões».
Militante de base desde que abandonou a vice-presidência do CDS-PP, o ano passado, Nobre Guedes já tinha afirmado que só aceitaria ir ao Congresso na qualidade de delegado eleito.
Um grupo de militantes do CDS-PP, entre os quais o deputado José Paulo Carvalho, o ex-secretário de Estado Luís Mota Campos e a ex-deputada por Bragança Tábita Mendes Ferreira, vai desfiliar-se do partido em ruptura com a direcção de Paulo Portas.
Entretanto o movimento democrata-cristão Alternativa e Responsabilidade apelou hoje aos militantes «descontentes e insatisfeitos» com a direcção de Paulo Portas para que não se demitam, defendendo que «é possível construir uma alternativa» no CDS-PP.
Para Filipe Anacoreta Correia, do movimento, a actual direcção do CDS-PP deve «fazer uma reflexão profunda» sobre a vaga de demissões e sobre «o funcionamento interno», já que «o partido nem sempre tem dado uma imagem de pluralidade».
«O dr. Paulo Portas mantém toda a legitimidade como as eleições directas demonstraram e deve evitar quaisquer tentativas de vitimização. O CDS não pode deixar de fazer essa reflexão», acrescentou.
O Movimento Alternativa e Responsabilidade surgiu em Abril para promover a «renovação interna» do CDS-PP e pretende apresentar no XXIII Congresso, em Janeiro, uma moção de estratégia.
Nobre Guedes critica saídas do CDS/PP
- Redação
- CR
- 16 dez 2008, 14:01
Ex-vice-presidente e Movimento Alternativa e Responsabilidade encontram espaço para a diversidade
Relacionados
Continue a ler esta notícia