PSD sobre Tecnoforma: «Que se investigue» - TVI

PSD sobre Tecnoforma: «Que se investigue»

Moção de Censura do PS em debate na AR (José Sena Goulão/Lusa)

Sociais-democratas garantem estar «seguros do comportamento» de Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas

O líder parlamentar do PSD afirmou que os sociais-democratas estão «seguros do comportamento» de Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas relativamente à empresa Tecnoforma e disse que «se há alguma coisa que seja preciso investigar, que se investigue».

«Se há alguma coisa que seja preciso investigar, que se investigue», afirmou Luís Montenegro aos jornalistas, à saída da reunião do grupo parlamentar do PSD, onde, disse o líder da bancada, o assunto não foi discutido.

«Estamos seguros do comportamento quer do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quer de Miguel Relvas. Aguardaremos. Não sei sequer em que moldes é que isso se está a desenrolar, mas se é preciso apurar alguma coisa, que se apure», disse.

O gabinete da luta anti-fraude da União Europeia (OLAF) abriu uma investigação formal sobre o financiamento, com fundos comunitários, da empresa Tecnoforma, na sequência de uma queixa apresentada por Ana Gomes, indicou à eurodeputada a Comissão Europeia.

Luís Montenegro disse que o assunto não o «preocupa nada», afirmando que «a notícia não é nova».

«Tanto quanto sei os factos são os mesmo que já andaram na comunicação social há alguns meses», declarou.

Metas do défice não devem inibir «potencial de crescimento»

O líder parlamentar do PSD defendeu também que é «desejável» que as metas do défice «não sejam inibidoras do potencial de crescimento» e que os parceiros europeus devem «criar condições» nesse sentido.

Montenegro respondia a uma pergunta sobre a revisão das metas do défice, enquadrada nas previsões da OCDE para Portugal divulgadas na quarta-feira.

«Se os nossos parceiros europeus nomeadamente perceberem o esforço que nós estamos a fazer do lado da consolidação orçamental e o esforço que estamos a fazer do ponto de vista da reestruturação do funcionamento do país, através das reformas estruturais, não devem criar condições para que as metas do défice possam inibir que a economia possa ter um período de crescimento», afirmou.

«Por isso, também me parece acertado que, pontualmente, quando houver condições para isso, essa situação seja aferida e sejam tomadas decisões que não sejam mais obstáculos ao crescimento da economia», acrescentou.

Confrontado com a preocupação com as previsões da OCDE manifestada pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS-PP, Paulo Portas, Montenegro respondeu que «não há nenhum português que não esteja preocupado com um cenário em que a Europa tarda em poder reanimar a sua economia».

«Nós não nos podemos desviar daquilo que é a nossa posição e do que é o nosso trabalho», disse, afirmando que «o Governo e os partidos da maioria estão muito empenhados na abertura de uma nova fase», com «mais investimento» e «financiamento» para a economia.
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