Portas: «Depois do enorme vexame, estamos melhor» - TVI

Portas: «Depois do enorme vexame, estamos melhor»

Vice-primeiro-ministro diz que Governo não teve alternativa a pedir sacrifícios, «tal era o pesadelo» que o PS deixou em 2011. Não tem dúvidas que Portugal tem agora mais dignidade e dá conselhos aos socialistas

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Paulo Portas não tem dúvidas de que o país tem agora «mais soberania, mais liberdade», depois do «enorme vexame» por que Portugal passou liderado pelo anterior governo socialista. Ao encerrar o debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2015, que foi aprovado apenas pelos partidos da maioria PSD/CDS-PP, o vice-primeiro-ministro quis passar a mensagem de que o Goveno «não tinha alternativa a pedir sacrifícios, tal era o pesadelo» que o PS deixou em 2011.

Avança para 2015 com a certeza de que «ninguém quer ver outra vez pela frente a bancarrota deixada por vós», disse, dirigindo-se ao PS. Paulo Portas admite, no entanto, que este Orçamento ainda é de austeridade: «Ninguém esperaria que fosse OE anti-troika. Não entremos em aventuras».

Ainda assim, frisou, «o caminho faz-se caminhando». « A situação não é a ideal, mas Portugal está hoje melhor do que ontem».  O número dois do Governo não tem dúvidas que os portugueses saberão «escolher livremente o seu futuro». «Comparem o que queriam dizer liberdade e futuro em 2011 e o que querem dizer em 2015», desafiou.

«Temos mais dignidade e foi pela dignidade de Portugal que todos trabalhámos. Este é o primeiro orçamento com défice abaixo dos 3%. Temos mais credibilidade. Melhor, é o primeiro orçamento em que há expectativas de crescimento económico acima da média da zona euro. Não são certezas, mas avançamos certamente na esperança», argumentou ainda.

Paulo Portas dedicou boa parte do seu discurso a aconselhar o maior partido da oposição: «Ou o PS revê o seu passado, e essa sim é uma operação política que requer coragem ou será sempre suspeito de querer repetir a receita e a desgraça. Assustará terrivelmente uma classe média que tanto perdeu com a irresponsabilidade» do passado.

O vice-primeiro-ministro salientou, também, que «o PS não apresentou em qualquer momento do debate uma única proposta, uma única alternativa».

E concluiu: «Política é pão na mesa e trabalho para os lá de casa. Temos de fazer mais, mas a trajetória é a que está certa». 
 
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