«O que é que o Governo quer esconder» - TVI

«O que é que o Governo quer esconder»

Paulo Portas em Viseu

Portas indignado por os Estaleiros de Viana não terem permitido que os jornalistas acompanhassem a visita

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Paulo Portas visitou esta terça-feira os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, mas os jornalistas tiveram que esperar à porta enquanto o líder do CDS se reunia com a administração, primeiro, e com a comissão de trabalhadores, depois. À saída, Paulo Portas mostrou-se indignado com a situação. «O que é que o Governo quer esconder?», perguntava, depois de explicar que pediu a devida autorização para a visita e que lhe foi dito que a comunicação social não podia entrar. «Lamento profundamente que, numa empresa pública, de interesse nacional, que faz serviço de soberania, a comunicação social não possa acompanhar a visita, afirmou.

«Toda a vida os jornalistas acompanharam a visita de líderes políticos e partidários, fosse Jerónimo de Sousa, fosse Mário Soares, ou Francisco Louçã»

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E Portas recusou mesmo falar com os jornalistas à porta dos estaleiros. «O que o Governo quer é que passar a imagem de uma pessoa que dedicou anos e meses, da sua vida a tentar que esta empresa não fosse à falência, e agora fica à porta, isso não consegue com certeza», disse o líder do CDS em declarações aos jornalistas já numa instituição de solidariedade social.

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Paulo Portas, que trabalhou directamente com a empresa quando foi ministro da Defesa, afirma que os Estaleiros estão de novo em risco de falir. «Durante três anos vesti a camisola dos Estaleiros de Viana. Quando eu entrei, a empresa estava no vermelho e três anos depois, tinha resultados operacionais positivos. Hoje, quatro anos depois, volta a enfrentar dificuldades financeiras que podem pôr em causa a sobrevivência dos Estaleiros e os 900 postos de trabalho».

«Eu reunia com os responsáveis da administração e da Marinha de 15 em 15 dias e quando não havia consenso, eu obrigava-os a chegar a um acordo. Acho que nos últimos quatro anos não houve esse empenhamento», disse o líder do CDS. E adianta que «o Governo da República e ao Governo Regional dos Açores têm obrigação de chegar a um acordo sobre o navio para os Açores. Quando há dificuldades, é que ps responsáveis são mais necessários, afirmou Portas.

Em causa está a rescisão do contrato de construção do navio «Atlântida», encomendado pelo Governo Regional, através da Atlanticoline, aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
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