Portugal provoca «mal-estar» na Europa - TVI

Portugal provoca «mal-estar» na Europa

Troca de acusações e pressão para a demissão de Lopes da Mota aquece debate entre partidos

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Paulo Rangel considerou este domingo que o «Governo está a prejudicar a imagem de Portugal» ao não demitir Lopes da Mota da presidência do Eurojust. Em acção de campanha, em Castelo Branco, o candidato do PSD às Europeias afirmou que «neste momento há um grande mal-estar na Europa com esta situação» e acusou o Governo de não «acautelar os interesses de Portugal».

Eurojust quebra silêncio

Em declarações aos jornalistas, Rangel, afirmou que a «a simples admissão de que houve uma instrumentalização, uma utilização indevida do nome do ministro da Justiça, desqualifica a pessoa que faz esta admissão para o exercício da representação de Portugal» disse Paulo. O candidato afirmou que agora «já não interessa se há pressões ou não».

«Como é que pode estar, para a imagem de Portugal em representação externa do país ao mais alto nível, alguém que admite que é capaz de utilizar indevidamente o nome do ministro da justiça» questiona. Já Nuno Melo, também candidato às eleições europeias, revelou, em declarações aos jornalistas, na Amadora, que o requerimento para que Lopes da Mota seja ouvido no Parlamentovai ser entregue já esta segunda-feira.

O candidato referiu que espera «que o PS não impeça o que o país espera». «O doutor Vitalino Canas aguarde, que amanhã cedo terá esse requerimento e poderá dizer ao país que Lopes da Mota poderá ser ouvido», afirmou. «Não é normal um membro da Eurojust reconhecer que usou mal o nome do ministro e manter-se no cargo, não é normal que o ministro da Justiça não se indigne e não peça responsabilidades. A posição do Ministério diz tudo», defendeu o candidato. Veja as declarações de Nuno Melo

Este domingo, Vitalino Canas, pronunciou-se sobre a intenção dos partidos em ouvir o responsável no Parlamento, mas considerou que se trata de «intromissões ilegítimas». O Bloco de Esquerda já lançou o contra-ataque e Francisco Louçã afirmou que pressões são o «trabalho precário, o desemprego, a crise em que o país está mergulhado». «Não queremos uma justiça que seja cega, surda e muda e que demore cinco anos a investigar um crime económico», repudiou. Veja as declarações de Francisco Louçã
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