Jorge Miranda aceitou divulgação de nome - TVI

Jorge Miranda aceitou divulgação de nome

PS tornou público o candidato ao cargo na semana passada

O constitucionalista Jorge Miranda confirmou, esta quinta-feira, que deu «o consentimento» para que o seu próprio nome fosse tornado público como a proposta do PS ao cargo de Provedor de Justiça.

«Com certeza que dei o meu consentimento. Seria um abuso se alguém falasse no meu nome sem me ter perguntado», disse o professor de Direito à margem do Congresso da Associação Sindical de Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária.

O constitucionalista escusou-se a fazer mais comentários, limitando-se a dizer que «não reuniu com ninguém» nos últimos dias a propósito da candidatura ao cargo de Provedor.

Sexta-feira, no Porto, Alberto Martins revelou Jorge Miranda como o nome proposto pelos socialistas ao PSD para o cargo de Provedor e referiu que o PS apresentará «uma proposta que, no âmbito de todos os partidos, permita uma solução de dois terços para a escolha do nome do Provedor de Justiça».

PS estuda outras soluções

Esta quinta-feira, o líder parlamentar do PS afirmou que os socialistas estão «à procura de uma personalidade» para o cargo de Provedor de Justiça, em conversações «multilaterais», falhado o «diálogo bilateral» com o PSD.

«Estamos a consultar os outros partidos, mas queremos dialogar com todos. O PSD é um partido, como sabem, com o qual é muito difícil dialogar», disse Alberto Martins aos jornalistas, na Assembleia da República, no final da reunião do grupo parlamentar do PS.

De acordo com Alberto Martins, «o professor Jorge Miranda tinha aceite ser candidato na presunção de um consenso que estava estabelecido» e o seu nome só foi apresentado publicamente pelo PS porque o constitucionalista autorizou.

«Estamos agora a discutir num quadro distinto as melhores soluções», disse em seguida o líder parlamentar do PS, que nos últimos dois dias tem mantido contactos com os restantes partidos.

«Neste momento estamos à procura de uma personalidade que tenha um perfil de grande dimensão pública, de notoriedade pública, de reconhecimento pelos cidadãos, de defesa dos direitos fundamentais e de apego à democracia», acrescentou Alberto Martins.
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