Governo e Sócrates a descer - TVI

Governo e Sócrates a descer

  • Portugal Diário
  • 14 jan 2008, 10:51
Mário Lino e José Sócrates [LUSA]

Sondagem revela que Governo não ganharia eleições com maioria absoluta

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Se as eleições fossem hoje, o Governo de José Sócrates só teria 35,2 por cento dos votos dos portugueses, segundo uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã, divulgada esta segunda-feira. O resultado indica uma perda de confiança no Executivo, lançando no horizonte o fim da maioria absoluta.

Para os portugueses inquiridos, numa escala de 0 a 20, a nota de Sócrates foi de apenas 8, o valor mais baixo do último ano, e só registado em Outubro de 2005. Segundo a sondagem, as expectativas no Governo atingiram o valor mais baixo do ano: 56,7 por cento dos inquiridos disse que o Governo está a governar pior do que esperava. De positivo para Sócrates, apenas a confiança para o cargo de primeiro-ministro em comparação com o líder do PSD. Contudo, Luís Filipe Menezes está a subir e José Sócrates a descer.

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PSD ainda não é altermativa

Os portugueses preferem claramente José Sócrates para o cargo de primeiro-ministro, o que quer dizer que o líder do PSD ainda não é uma alternativa. No entanto, embora tivesse caído 0,4 pontos na nota «avaliação dos líderes partidários» (de 9,0 para 9,4 numa escala de 0 a 20) durante o mês de Dezembro, a verdade é que Luís Filipe Menezes está a subir na confiança dos portugueses para o cargo de primeiro-ministro, pois passou em apenas um mês de 25 por cento para 27,5 por cento (mais 2,5 pontos percentuais), enquanto José Sócrates desceu de 38,3 por cento para 35,5 por cento (2,8 pontos percentuais) no mesmo período.

O estudo de opinião, realizado entre os dias 7 e 9 do corrente, reflecte o anúncio dos aumentos de preços dos principais bens e serviços, como, por exemplo, o pão, o leite, os transportes e a energia (praticamente tudo acima da inflação prevista para 2008, que é de 2,1 por cento) durante o mês de Dezembro.

Portas em último

Com excepção do BE, que perdeu 0,1 pontos percentuais, toda a oposição subiu nas intenções de voto. Em conjunto, os quatro partidos somam já 52,1 por cento dos votos, contra 35,2 por cento, do PS.

Apesar de Luís Filipe Menezes descer de 9,8 para 9,4 na nota de popularidade, o seu partido registou no último mês uma subida de 2,6 pontos percentuais, passando de 29,2 por cento para 31,8 por cento.

A CDU mantém-se firme como terceira força política, subindo 0,6 pontos percentuais na intenção de voto. Valor consistente com a popularidade do seu líder, Jerónimo de Sousa, que ficou com a nota de 9,4 valores (escala de 0 a 20). O BE revela algum desgaste, pois desceu de 6,7 por cento para 6,6 por cento nas intenções de voto. O seu líder, Francisco Louçã, está em queda há vários meses, mas continua a ser o mais popular.

O CDS começa a reanimar mas muito lentamente. O partido continua no fundo da tabela das intenções de voto e Paulo Portas mantém o último lugar na avaliação dos líderes, com 7,8 valores, apesar de estar a reforçar o seu capital de popularidade há três meses seguidos.
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