António Preto queria que julgamento tivesse começado - TVI

António Preto queria que julgamento tivesse começado

Conselho Nacional do PSD

Deputado do PSD quer a situação «resolvida o quanto antes»

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Carlos Pinto de Abreu, advogado de António Preto, defendeu esta terça-feira que era do interesse do seu cliente que o julgamento começasse o mais cedo possível para que a situação do deputado do PSD (com mandato suspenso) ficasse «resolvida o quanto antes».

Carlos Pinto de Abreu falava aos jornalistas à saída das Varas Criminais de Lisboa, após o início do julgamento de António Preto e de dois outros arguidos ter sido suspenso até 10 de Novembro para se apurar a situação de outros processos pendentes em tribunais administrativos e fiscais e que podem ter implicações neste caso.

A suspensão do julgamento foi decidida pelo colectivo de juízes, presidido por José Reis, após um requerimento da defesa dos outros dois arguidos no chamado «caso da mala», os empresários da construção civil Virgílio Sobral de Sousa e Jorge Silvério, que invocaram que ainda estão pendentes uma impugnação tributária no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Sintra e uma oposição a uma execução que corre termos no TAF do Funchal.

Carlos Pinto de Abreu disse preferir que o julgamento «prosseguisse imediatamente», porque esse é «o interesse» de António Preto, alegando que é na sala de audiências que «se faz notícias» e não nas rádios, televisões e jornais, que criaram, em sua opinião, um «circo mediático» em redor deste caso.

Advogado diz que caso é estranho

Antes do início da sessão, Carlos Pinto de Abreu referiu aos jornalistas que «em 20 anos de advocacia nunca viu nenhum cidadão ser acusado de fraude fiscal quando pagou pontual e integralmente todos os seus impostos à taxa máxima», numa referência à conduta do seu cliente.

«É estranho que alguém que tenha pago os seus impostos venha a ser agora acusado e julgado por um crime de fraude fiscal», reiterou à saída do tribunal, acrescentando que o cumprimento das normas fiscais pelo deputado e advogado António Preto está comprovado nos autos.

Explicou que o Ministério Público acusou por alegadamente ter sido omitido o pagamento de impostos de terceiras pessoas e que o seu cliente já pediu quebra do sigilo profissional para prestar esclarecimentos sobre serviços jurídicos prestados.

António Preto, deputado social-democrata cujo mandato está suspenso, compareceu à primeira sessão de julgamento, juntamente com os outros dois arguidos, tendo estes últimos, defendidos pelo advogado Francisco Pimentel, manifestado, desde logo, a intenção de se remeterem ao silêncio.
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