Luís Filipe Menezes defendeu esta quinta-feira que o relançamento da economia portuguesa passa pela baixa de impostos, mas considerou «impensável e uma verdadeira irresponsabilidade e incompetência» acreditar que isso pode ser feito sem investimento público, noticia a agência Lusa.
Comentando, em Gaia, a proposta de Manuela Ferreira Leite em que a actual líder do PSD defendeu que caso seja eleita primeira-ministra, «suspenderia todos os megaprojectos de investimento não rentáveis», ficando, assim, «com meios para poder baixar os impostos», Menezes classificou de «fundamental» o investimento público, nesta fase.
Em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de apresentação do projecto do Centro Multimédia da empresa Gran Cruz, o autarca e ex-líder social-democrata apontou como exemplos do «bom investimento público» a construção faseada do aeroporto de Lisboa, o TGV, escolas de qualidade, campos judiciários e algumas autoestradas.
Ferreira Leite defende aposta no investimento privado
«Parar o investimento público pressupunha acreditar que havia um fortíssimo investimento privado», afirmou Menezes. O autarca sustentou ainda que «só realmente quem viva no mundo onírico da Lua é que pode acreditar que a economia portuguesa irá ser relançada, nos próximos dois anos, com investimento privado».
«Baixa de impostos e investimento público é o caminho certo» para dinamizar o relançamento da economia, disse.
O Centro Multimédia Gran Cruz, apresentado esta quinta-feira, visa promover uma «imagem moderna e inovadora» daquela empresa de Vinho do Porto - a segunda maior exportadora em Portugal.
Vai nascer no edifício contíguo à Praça Sandeman, no gaveto da Avenida Diogo Leite com a Rua Cândido dos Reis, em Gaia.
O projecto, que está orçado em cerca de quatro milhões de euros, prevê a manutenção integral das fachadas do edifício, inclusive da azulejaria que será restaurada ou reposta se necessário.
Menezes: «irresponsável» suspender investimento público
- Redação
- AF
- 27 nov 2008, 15:05
Proposta da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, não reuniu o consenso de Luís Filipe Menezes
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