Passos Coelho propõe «novo contrato» com os portugueses - TVI

Passos Coelho propõe «novo contrato» com os portugueses

Passos Coelho e Ferreira Leite

Candidato garante que a partir do dia 1 de Junho inicia «uma nova campanha, virada para o país»

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Pedro Passos Coelho propôs esta noite aos portugueses «um novo contrato» político e garantiu que a 1 de Junho, caso seja eleito líder do PSD, inicia «uma nova campanha, virada para o país», num jantar, escreve a agência Lusa.

Perante as mais de mil pessoas que enchiam o pavilhão dos bombeiros de Rebordosa, Paredes, Passos Coelho repetiu os argumentos que marcaram a sua campanha interna, garantindo, no «novo contrato com os portugueses», um Estado «novamente do lado das pessoas, não contra elas ou contra as empresas».

Esse contrato terá de se basear numa «esperança nova» de que os social-democratas devem «ser os portadores», fechando um ciclo político de 25 anos e «escolhendo uma nova linguagem».

PSD já passou por outras provas difíceis e transformou-as

«Não se preocupem com as próximas eleições [legislativas], não tenham medo de virmos a ter 20 ou 24 por cento. O PSD já passou por outras provas difíceis e transformou-as sempre em oportunidades para vencer».

Num discurso virado principalmente para o exterior do partido, Passos Coelho acusou Sócrates de «não perceber a crise do país» e de «nada fazer para a ultrapassar».

«Estamos a viver uma crise estrutural, o petróleo nunca voltará aos preços de há um ano. O Governo responde com desorientação e não sabe como há-de encarar a crise».

Para o candidato social-democrata, «após três anos de sacrifício dos portugueses, o engenheiro José Sócrates achou que bastava dar uma esmolas e fazer a contagem decrescente para daqui a um ano. Quando a realidade se mostrou diferente do que esperava, o que faz Sócrates? Diz que não pode fazer nada».

«Sabe que estamos a caminhar para uma situação de extrema gravidade e não sabe perceber o que se passa», acrescentou, considerando que «os portugueses estão cansados de ver um governo em que ministros atrás de ministros não sabem ouvir os parceiros nem dialogar com a sociedade».

Após esta campanha, disse, os portugueses começaram a olhar para o PSD de outra maneira e o partido «voltou a aparecer como aquele que pode mudar Portugal, surpreender José Sócrates e, dentro de um ano, dar uma nova perspectiva aos portugueses».

Em declarações aos jornalistas, Passos Coelho disse que o partido não deve envergonhar-se do seu passado mas deve voltar-se para o futuro, fechando, com a eleição deste sábado, «um ciclo político de lideranças transitórias e provisórias».
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