A ministra da Saúde, Ana Jorge, criticou este sábado, no Porto, «os adversários que não ousam dizer que querem acabar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS)», afirmando que «não há SNS sem acesso universal e gratuito», escreve a Lusa.
«Os adversários do SNS não ousam dizer que querem acabar com ele, têm uma forma mais sofisticada de o colocar em causa, que é dizer que querem o SNS mas que este não pode ser gratuito», afirmou Ana Jorge durante a sua intervenção no «Fórum Saúde ¿ SNS - Serviço Nacional de Saúde, Um direito, Um dever», organizado pelo PS.
A ministra lembrou que o SNS «nasceu por imperativo de justiça» e que «não há SNS sem acesso universal e gratuito».
Para Ana Jorge, «aqueles que a coberto da livre escolha dizem também defender o SNS o que querem na realidade dizer é que o Estado deve desviar o dinheiro dos impostos para o financiamento dos estabelecimentos privados».
«Com isso, aquilo que conseguem é que haja menos recursos para investir no serviço público, e com isso que o serviço público se reduza aos mínimos», sustentou.
A ministra considerou ser «incompatível» ter um serviço público reduzido aos mínimos com uma sociedade «progressista e moderna».
«Não podemos pactuar com qualquer visão que pretende criar dois níveis de cuidados de saúde, os quais se aplicam consoante a condição económica social de quem os utiliza», frisou.
Também o ex-ministro da Saúde Correia de Campos criticou a proposta de revisão constitucional do PSD sobre esta matéria, considerando que ela é «uma proposta de extinção a prazo do SNS».
Correia de Campos serviu-se do livro «Mudar», do líder social-democrata, para afirmar que Pedro Passos Coelho «em oito páginas consegue desferir o mais vivo ataque que um documento político tinha dirigido ao SNS».
«Nada melhor que o contexto do pensamento global do autor para entender a sua proposta da revisão constitucional», sublinhou, acrescentando que se trata de «uma proposta de extinção a prazo do SNS».
«Não ousam dizer que querem acabar com o SNS»
- tvi24
- PP
- 18 set 2010, 22:55
Ministra da Saúde, Ana Jorge aponta o dedo «aos adversários»
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