António José Seguro referiu por várias vezes ao longo do congresso em Braga que o PS necessita de um «projecto de alternativa». A sua «regra de ouro» é não apresentar nenhuma proposta que depois não possa cumprir enquanto primeiro-ministro.
«Sou contra o rotativismo e a mera alternância. Não ficarei quieto à espera que o Governo apodreça. Quero oferecer aos portugueses, em 2015, uma proposta política clara», disse, no discurso de encerramento.
Garantindo que quer Portugal «no núcleo dos países mais desenvolvidos da Europa», o secretário-geral socialista enumerou as suas prioridades caso venha a ser eleito nas futuras legislativas: «Mais emprego, melhor saúde, mais qualificação, mais investigação, melhor ciência, mais cultura. É por estas causas que quero ser primeiro-ministro».
Em relação ao XVIII congresso do partido, Seguro acredita que «mostrou a vitalidade do PS», que promete estar «cheio de força» para criar um «novo futuro para a esquerda».
O líder socialista avisou também que os quadros do partido foram «rejuvenescidos». «O PS passará a partir de agora a ter novos protagonistas», com «humildade» e a «saber reconhecer os seus erros». «O PS percebeu a mensagem do dia 5 de Junho», frisou.
Para o histórico socialista Mário Soares, que na sexta-feira regressou aos congressos do partido, Seguro tinha um presente: a presidência das comemorações dos 40 anos da fundação deste partido, em 2013.
«Não ficarei quieto à espera que o Governo apodreça»
- Catarina Pereira
- 11 set 2011, 14:38
Seguro quer começar a construir a «proposta política» desde já. Avisa que o partido tem «novos protagonistas» e dá um «presente» a Mário Soares
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