O líder parlamentar do PS, Francisco Assis, alinhou a sua intervenção com a de José Sócrates no debate do Estado da Nação, que decorre esta tarde no Parlamento. Elogiou a intervenção do Governo face à crise e defendeu o Estado social, face ao perigo de um PSD que classificou de «ultra-liberal».
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Se José Sócrates não vê propostas concretas por parte da direita social-democrata, Assis introduziu aqui uma nuance e agradeceu à nova direcção de Pedro Passos Coelho «dizer de forma clara aquilo que pensa». «Tem pelo menos esse mérito», acentuou.
Mas os agradecimentos de Francisco Assis aos sociais-democratas terminaram aqui. Para o líder da bancada do PS, a visão dos socialistas «distingue-se da direita, encabeçada pelo PSD», a quem atribuiu um «projecto ultra-liberal, que visa pôr em causa aspectos do Estado social».
Francisco Assis sublinhou que, para o PS e para o actual Governo, o Estado social não é negociável. «Não queremos matar o estado social», garantiu, assinalando que dele dependem a universalidade dos serviços de saúde, a escola pública, a segurança social, e promoção da cultura.
O deputado socialista elogiou pessoalmente José Sócrates no combate à crise, defendendo que o Governo soube «reagir às contingências» apresentadas pelo quadro actual, «sem abdicar de princípios essenciais».
Para Assis, o Executivo assumiu «medidas duras, difíceis, impopulares», em nome de uma resposta à crise e para diminuir o défice, especialmente para não colocar em causa o papel de Portugal na Europa, porque, salientou, «todas as respostas que passem pela exclusão da zona euro» terão apenas como consequência «pobreza e miséria».
Assis atira contra PSD «ultra-liberal»
- Hugo Beleza
- Filipe Caetano
- 15 jul 2010, 16:37
Líder parlamentar socialista diz que PS não abdica de Estado social
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