PT/TVI: partidos não querem fazer mais perguntas a Sócrates - TVI

PT/TVI: partidos não querem fazer mais perguntas a Sócrates

Comissão de inquérito avança para a fase final dos trabalhos

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Todos os partidos abdicaram, esta quarta-feira, de fazer uma segunda ronda de perguntas ao primeiro-ministro, e preferem partir já para a fase final dos trabalhos da comissão de inquérito, cujo relatório será entregue dia 11 de Junho, adianta a Lusa.

O deputado do PSD Pacheco Pereira reiterou a posição assumida na semana passada, segundo a qual os trabalhos da comissão ficaram prejudicados «a partir do momento em que a comissão não trabalha com todos os elementos enviados».

O deputado referia-se à proibição do uso dos elementos recolhidos nos resumos de escutas enviados à comissão pela comarca do Baixo Vouga, relativos a conversas do ex-assessor da PT Paulo Penedos e do quadro do BCP Armando Vara.

João Oliveira, do PCP, repetiu o que tinha anunciado antes da reunião, fazer mais perguntas «seria um exercício inútil» dada a «falta selectiva de memória do primeiro-ministro» verificada nas respostas às 74 perguntas enviadas.

João Oliveira destacou que a «falta selectiva de memória» verifica-se «particularmente em relação aos contactos com Rui Pedro Soares», ex-administrador da PT a quem são apontadas ligações próximas ao Governo e ao primeiro-ministro.

O deputado do BE, João Semedo, disse à saída da comissão de inquérito que «os esclarecimentos do primeiro-ministro são suficientes naquilo que esclarecem». «Naquilo que não esclarecem tiraremos conclusões», afirmou.

Mas o Bloco de Esquerda apresentou, esta quarta-feira, na comissão parlamentar de inquérito um pedido de envio urgente do resultado da auditoria interna da PT

Cecília Meireles, do CDS-PP, admitiu que «há questões que ficaram pendentes mas que têm a ver com o facto de o primeiro-ministro ter decidido responder por escrito».

«A partir do momento em que toma esta decisão de responder por escrito», fazer mais perguntas também por escrito seria «prolongar indefinidamente a comissão sem um efeito real de esclarecimento».

Questionado sobre o eventual envio das conclusões para o ministério público, o relator da comissão referiu que essa é sempre uma possibilidade prevista na lei.

«A comissão terá que avaliar. As conclusões políticas dizem respeito ao Parlamento. Se a comissão considerar que no material que foi recolhido existem elementos que devam chegar ao conhecimento da Justiça, essa é uma decisão natural», afirmou João Semedo.
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