Putin e Cavaco lançam cimeira de Mafra - TVI

Putin e Cavaco lançam cimeira de Mafra

Putin recebido por Cavaco Silva (Foto Lusa/Paulo Carriço)

Rússia e Portugal apontam «respeito mútuo» como chave do sucesso

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«Diálogo», confiança e respeito mútuo». Esta é a chave de leitura à luz da qual os presidentes russo e português querem que se abram as portas da cimeira UE-Rússia, que se realiza esta sexta-feira em Mafra. Vladimir Putin e Cavaco Silva traçaram este objectivo em discursos com vários pontos de contacto no final do primeiro dia da visita a Portugal do líder do Kremlin.

Antes de ser servidos os cálices de Madeira Seco, como aperitivo para o jantar oferecido a Putin no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, os dois chefes de Estado serviram-se da relação «de muitos séculos» entre os dois países para expressar que o desejo de que a diplomacias de Bruxelas e Moscovo enveredem por um caminho semelhante, assente numa parceria especial.

A cimeira de Mafra será de «rotina», dissera de manhã aos microfones da TSF o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. Mas nas palavras de José Sócrates - que colocou o encontro no topo da agenda - e de Cavaco Silva, a rotina que ela deve representar deverá ser relativamente à «cooperação entre os dois blocos.

«Faço votos para que a Cimeira de Mafra contribua para consolidar a relação entre a União Europeia e a Rússia, cimentando a cooperação onde ela já exista, identificando novas áreas onde ela se possa afirmar e abrindo caminho à procura de soluções, onde as dificuldades ainda persistam», disse o Presidente português.

Para Cavaco Silva os marcos de avanço comum devem ser «matérias e áreas onde há convergência». E expressou a vontade de que face às «divergências» haja uma procura de «soluções, pelo reforço da confiança e pelo diálogo». A razão: «A confiança e o respeito mútuo permitem construir, o que implica necessariamente um esforço conjunto».

Este «esforço conjunto», que poderia servir de mote para a reunião entre Rússia e UE, foi também sublinhado pelo líder russo, que se valeu da longa relação com Portugal para justificar que esta pode ser alargada à União. «Partilhamos os mesmos valores e temos posições próximas para resolver os problemas mais agudos da actualidade», disse o presidente da Federação Russa, brindando a Cavaco e aos povos de Portugal e da Rússia.
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