«Mau serviço ao país» é aumento da despesa pública - TVI

«Mau serviço ao país» é aumento da despesa pública

Passos Coelho responde a Sócrates

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O líder do PSD, Pedro Passos Coelho afirmou este sábado que é o Governo que «está a prestar um mau serviço ao país» ao permitir que a despesa pública chegue ao final de Julho com um crescimento de 6%.

Passos Coelho reagia no Funchal à declaração do primeiro-ministro, José Sócrates, publicada hoje pelo semanário Expresso. O primeiro-ministro, José Sócrates, acusou hoje o PSD de estar a prestar um «mau serviço ao país» ao escolher a crise política para esconder o projecto de revisão constitucional.

«Eu julgo que um mau serviço ao país é chegar ao final de Julho com um aumento da despesa pública de quase seis por cento, que torna mais difícil atingir os objectivos que foram fixados pelo governo, com o nosso apoio, para a redução do défice no final deste ano», disse Passos Coelho, numa conferência de imprensa antes da primeira reunião que manteve com o presidente do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, desde que foi eleito.

«Espero que esses objectivos ainda possam ser alcançados porque são determinantes para o financiamento externo e a economia portuguesa», acrescentou.

Passos Coelho insistiu ser «preocupante que o Governo continue a não combater a despesa inútil e a promover diminuição do défice como estava previsto». «Não podemos ir ao bolso dos portugueses sempre que precisamos baixar o défice», sublinhou.

Defendeu que «o primeiro-ministro e o ministro das Finanças têm de revelar um empenhamento maior do que os dados que vêm agora a ser públicos e revelam que a despesa está bastante acima dos objectivos esperados».

Sobre a acusação de «irresponsabilidade política» feita por Sócrates a Passos Coelho, destacou que o PSD «não põe os interesses do partido à frente do país».

«As nossas exigências não são excessivas, são compreensíveis e portanto só há uma crise politica à volta do Orçamento se o Governo não for diligente e não fizer aquilo que se impõe para Portugal: combater a despesa e não aumentar mais os impostos», garantiu.
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