BE vai propor imposto sobre património de luxo - TVI

BE vai propor imposto sobre património de luxo

Louçã diz que valor ganho é suficiente para cobrir perda de subsídios

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O Bloco de Esquerda (BE) vai apresentar uma proposta para aplicar um imposto sobre o património de luxo que equivale aos subsídios retirados à função pública, disse este sábado o dirigente Francisco Louçã.

Segundo Louçã, que falava no encerramento da conferência «O Euro e a crise da dívida», no Porto, é possível demonstrar que «um imposto sobre o património de luxo, que não paga qualquer contribuição em Portugal, é por si só suficiente para cobrir tudo aquilo que querem tirar do bolso dos reformados que descontaram para a sua reforma e dos trabalhadores».

O dirigente bloquista afirmou que «todos aqueles que não pagaram os seus impostos têm uma dívida para com a pobreza em Portugal», referindo-se à banca portuguesa, que «não pagou impostos que devia e que estavam na lei da ordem dos três mil milhões de euros», bem como aos custos fiscais decorrentes do "offshore" da Madeira, no valor de 14 mil milhões, e aos dividendos distribuídos por empresas como EDP, PT e Galp, de 12 mil milhões de euros.

«Em benefícios, em impostos não pagos e em dividendos que receberam pelo que não era seu, devem-nos 30 mil milhões de euros», declarou Louçã, para quem é nesses valores «que tem que se ir buscar o que falta».

Segundo o dirigente do BE, medidas como a redução de professores de Tecnologias da Informação e Comunicação ou a limitação dos horários dos transportes nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto são «uma exploração sem limites» que merece uma resposta.

«Nós não trataremos a crise com paninhos quentes. Nós olhamos para a crise, para os seus responsáveis e nem sequer os trataremos como incompetentes. Tratá-los-emos como culpados», disse o também professor universitário.
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