Programa do PSD é «mais do mesmo» - TVI

Programa do PSD é «mais do mesmo»

Considerou Jerónimo de Sousa em reacção às propostas do PSD

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou este domingo que o programa eleitoral do PSD para as eleições legislativas do dia 05 de Junho «é mais do mesmo, para pior» e «um anexo» às medidas da troika.

Durante o discurso proferido durante um almoço com militantes na Covilhã, o líder do PCP aludiu ao programa do PSD hoje apresentado, dizendo que o partido não iria apresentar «programa nenhum».

«Vai apresentar, quando muito, um anexo ao programa comum decidido pela ¿troika», denunciou. Disse que o líder Passos Coelho «como quer ser mais troikista que a troika, vai procurar apresentar medidas que vão no sentido do agravamento: mais privatizações».

«No sector público, na área da saúde, da edução [o PSD propõe] mais privatizações, mais medidas ultra neoliberais», disse. Aludiu à proposta de, por cada cinco trabalhadores que saem da administração pública só poder entrar um, para colocar algumas questões a Passos Coelho.

«Se saem cinco professores de uma escola, só entra um? Se saem cinco médicos de um hospital só entra um? Se saem cinco funcionários de uma escola só entra um? Se saem cinco cantoneiros de uma autarquia, só entra um?», referiu.

Na opinião do líder comunista, «em nome de emagrecer o Estado», o PSD quer «aquilo que dá lucro». «Eles falam muito em gordura mas não estão a pensar entregar a gordura ao capital, estão a pensar entregar bife do lombo ao capital, através da privatização dos Correios, da Caixa Geral de Depósitos, dos sectores da saúde que são rentáveis», afirmou para os cerca de 250 militantes que o escutavam.

Jerónimo de Sousa concluiu as criticas ao PSD dizendo que aquilo que o partido «tem para oferecer, é mais do mesmo, para pior».

«E vamos ver depois o seu programa», alertou. Na sua intervenção também aludiu ao acordo feito pelo PS, PSD e CDS-PP com a troika referindo que o pacto trará «retrocesso social, desemprego e miséria» para o país. «No dia em que o povo sentir na pele as suas consequências, vai apontar o dedo» aos três partidos, vaticinou o secretário-geral do PCP.

Advertiu que vem aí «um brutal ataque aos portugueses» e as medidas negociadas significam regressão económica e aumento do desemprego.
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