«Votar Sócrates é votar Passos, votar Passos é votar Sócrates» - TVI

«Votar Sócrates é votar Passos, votar Passos é votar Sócrates»

Francisco Louçã disse que as eleições legislativas se vão transformar num «truque»

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O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou esta quarta-feira que as legislativas se vão transformar num «truque», alertando que «votar em José Sócrates é votar em Passos Coelho e votar em Passos Coelho é votar em José Sócrates».

Segundo a agência Lusa, durante o seu discurso na apresentação dos candidatos a deputados do Bloco de Esquerda pelo círculo do Porto, Francisco Louçã afirmou que, agora, «quem mais se oferece para ajudar é quem nos últimos dez anos foi governando uma economia com cada vez mais desemprego», referindo-se a PS, PSD e CDS-PP.

«Mas atenção: querem ajudar de uma forma muito especial, juntando no mesmo Governo todos os que provocaram a crise, o verdadeiro arco da irresponsabilidade», avisou.

Segundo Louçã, esta questão ficou muito clara na entrevista de José Sócrates à TVI na terça-feira.

«É como abrir um ovo da Páscoa e descobrir a prenda que lá está dentro. E a prenda que lá está dentro é o PSD. Querem ajudar agora juntando-se», sublinhou.

O líder do BE afirmou assim que «Sócrates governa mas quer ajudar governando com o PSD» e, por seu lado, «o PSD quer ajudar o PSD mas governando com o PS».

«E percebemos bem que a eleição se vai transformar num truque: votar em José Sócrates é votar em Passos Coelho e votar em Passos Coelho é votar em José Sócrates, para que uns e outros vão governando perante esta chantagem imensa do interesse económico, do poder financeiro, desta utilização da economia e do país todo para ir pagando uma dívida que não tem», condenou.

Segundo Louçã, «se nestas eleições se vai discutir a dívida, a resposta séria, profunda e rigorosa só pode ser que paga as dívidas quem fez as dívidas».

«E a sociedade no seu todo deve progredir, deve recuperar a economia, para que a economia responda aos problemas de Portugal», defendeu.

O bloquista justificou assim a exigência de «uma auditoria da dívida» e «o conhecimento exacto do que é a dívida pública e a dívida privada».
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