Bagagens atrasadas estão a prejudicar imagem do Aeroporto - TVI

Bagagens atrasadas estão a prejudicar imagem do Aeroporto

Radar Aeroporto Lisboa

As notícias do extravio de bagagens estão a comprometer a imagem do Aeroporto de Lisboa.

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O subdirector do aeroporto de Lisboa, João Nunes, afirmou esta sexta-feira que a imagem da infra-estrutura está a ser «seriamente afectada» pelas notícias que têm dado conta de atrasos na entrega das bagagens.

«O aeroporto de Lisboa está a ser seriamente afectado em termos de imagem pelas notícias que dão conta dos atrasos na entregas das bagagens, pois quando as coisas não correm bem é a imagem do aeroporto que está em jogo e isso preocupa-nos», afirmou o responsável durante uma visita aos sistema de transporte de bagagens do aeroporto da Portela.

João Nunes reagia assim às notícias que têm sido publicadas nas últimas semanas e que dão conta de atrasos na entrega e extravio de bagagens.

Para o subdirector do aeroporto de Lisboa a ANA, citado pela agência «Lusa», as empresas de assistência em terra aos aviões (Groundforce e Portway) e as companhias aéreas têm de «partilhar» as responsabilidades pelas situações de atrasos e extravio de bagagens.

Isto porque, conforme explicou, «o aeroporto de Lisboa está a funcionar no limite das suas capacidades», pelo que «qualquer desequilíbrio provoca uma situação de ruptura que pode fazer parar todo o sistema».

«O aeroporto de Lisboa tem uma capacidade limitada, os handleres têm dificuldade em planear a operação e as companhias aéreas herdam irregularidades nos horários dos voos de outros operadores», acrescentou João Nunes.

Na opinião do responsável, o aumento do tráfego durante o Verão leva a que as empresas de handling, «numa tentativa de dar uma resposta urgente a esta situação, acabem por comprometer o funcionamento do sistema admitindo funcionários sem as qualificações necessárias».

Durante uma visita de três horas que pretendeu «mostrar a complexidade do sistema de transporte de bagagens», o subdirector do aeroporto de Lisboa afirmou que é no sistema que encaminha a bagagem dos passageiros que fazem escala em Lisboa (Sistema de Transferência de Bagagens-TBT) que se registam mais complicações.

«O TBT tem capacidade para processar 900 bagagens por hora, mas no pico do tráfego (entre as 06:00 e as 09:30), quando chegam os voos intercontinentais, que exigem níveis de segurança mais apertados, a situação complica-se», explicou o subdirector do aeroporto de Lisboa.

Neste sentido, João Nunes anunciou que no final do primeiro semestre de 2008 já estarão concluídas as obras de ampliação do TBT, cuja alteração mais significativa consiste na substituição do sistema de triagem de bagagem manual por um sistema automático.

No final da visita, João Nunes pediu um reforço das companhias aéreas e das empresas de handling que «possibilite criar algumas margens de manobra que permita dar resposta às situações de irregularidade».

Actualmente, os cinco sistemas de transporte de bagagens do aeroporto de Lisboa têm capacidade para processar 7.800 bagagens por hora.
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