SATA acusa sindicato de promover greve com «falta de civilidade»

«A administração do Grupo SATA faz notar que, ao longo de 60 anos de actividade, e depois de ter vivido e ultrapassado momentos de contestação por parte dos trabalhadores, nunca se assistiu a uma greve com tamanha falta de civilidade», adiantou a empresa, num comunicado de balanço dos três dias de protesto, avançou a «Lusa».

Convocada pelo SNPVAC, os tripulantes de cabina da SATA Internacional terminaram domingo uma greve de três dias, alegando incumprimento da transportadora em várias cláusulas do Acordo de Empresa.

Os três dias de protesto ficaram marcados por acusações de supostas ilegalidades de ambas as partes, com a companhia a assegurar que transportou 75 por cento dos passageiros com reservas e o sindicato a garantir que a adesão esteve sempre acima dos 90 por cento.

Segundo a companhia aérea dos Açores, esta greve decorreu depois das negociações terem permitido, «por duas vezes nos últimos quinze dias», um acordo subscrito pelo sindicato e delegados sindicais, que não foi aceite, porém, em assembleia-geral dos trabalhadores.

«Já foram iniciados os procedimentos internos tendentes ao apuramento de responsabilidades no que respeita a comportamentos ilegais de intimidação», adiantou a companhia, que pretende, ainda, «responsabilizar criminalmente todos os que mancharam o bom-nome da companhia aérea» ao longo da greve.

Além disso, a SATA Internacional garantiu que foi obrigada, ao longo dos três dias, a «solicitar a intervenção das autoridades policiais, de forma a proteger os seus colaboradores, face às investidas dos piquetes de greve que, de forma agressiva e injuriosa, tentaram impedir o acesso dos tripulantes» ao local de trabalho.

Num balanço à greve feito no domingo, o SNPVAC negou comportamentos de intimidação de passageiros e acusou a SATA de várias ilegalidades, admitindo levar a empresa a tribunal.