O Governador do Banco de Portugal (BdP), Vitor Constâncio, está a esta hora a explicar aos deputados na Assembleia da República (AR) o trabalho que a supervisão desenvolveu, ao longo do tempo, no Banco Português de Negócios (BPN).
O responsável começou por dizer que a ideia de ir até ao Parlamento lhe era particularmente «cara», pois seria a oportunidade de explicar a muita desinformação e falta de informação que o trabalho da supervisão tem sido alvo.
Assim, e no início do seu relato, Vítor Constâncio, admitiu que o BPN sempre apresentou problemas, mas o que levou a este desfecho (da nacionalização) foram duas situações muito recentes: a progressiva falta de liquidez e o problema de solvabilidade. Questões que até ali não eram os problemas da instituição financeira.
Os outros problemas, que se iam ouvindo e se iam resolvendo anteriormente, «não punham em causa a viabilidade do banco».
«O desfecho que teve o caso do BPN resultou de duas coisas: a primeira a progressiva falta de liquidez para fazer face aos compromissos, apesar dos apoios especiais que lhe foram sendo concedidos pelas autoridades», e em segundo lugar «um problema de solvabilidade».
Não tendo existindo estes dois problemas, empolados a partir de 15 de Setembro, quando se deu a falência da Lehman Brothers e que desencadearam a crise financeira actual, «ditaram o desfecho (do banco)» e não «os problemas que ao longo dos anos foram identificados» e sendo resolvidos.
Constâncio acredita até que a não se ter desencadeado a crise financeira, o BPN podia ter sobrevivido com os «remédios» que a supervisão lhe ia exigindo.
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Constâncio: BPN era viável até problemas de solvabilidade e liquidez
- Monica Freilão
- 11 nov 2008, 21:54
![Banco de Portugal](https://img.iol.pt/image/id/11594888/1024.jpg)
(Notícia actualizada com mais pormenores)
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