Material do Sporting por pagar leva Puma a pedir falência da TBZ - TVI

Material do Sporting por pagar leva Puma a pedir falência da TBZ

A TBZ é a responsável pelo merchandising dos «três grandes» do futebol português

Empresa foi incapaz de apresentar plano de pagamentos

Relacionados
A PUMA interpôs um requerimento para a declaração de falência da TBZ ao Tribunal de Comércio de Lisboa, na passada segunda-feira, anunciou a empresa em comunicado.

«Esta acção acontece na sequência de uma avultada dívida por falta de pagamento ao fornecimento de produtos réplica do Sporting Clube de Portugal», esclarece.

A Puma garante que, «após várias tentativas, durante os últimos meses, para resolver o pagamento da dívida em questão, não encontrou outra alternativa senão requerer a referida declaração de falência da empresa devedora. A TBZ demonstrou por diversas vezes e de diferentes formas ser incapaz de apresentar um plano de pagamentos dos montantes em dívida, desrespeitando o contrato e as sucessivas garantias dadas».

A empresa diz ainda estar empenhada em garantir que o Sporting Clube de Portugal e os seus fãs não sejam prejudicados com a situação, assegurando que todo o equipamento desportivo fornecido pela Puma continue disponível nas lojas.

Empresa tinha sofrido acção de arresto

Recorde-se que a TBZ, empresa que gere a exploração das marcas de FC Porto, Benfica e Sporting, tinha já sido notícia na semana passada por ter sido alvo de uma acção de arresto de bens por uma dívida que ascende a mais de um milhão de euros.

ATBZ Marketing Acções Promocionais, que até Junho detinha também os direitos de merchandising do Real Madrid, ficou sem os bens móveis que possuía num armazém em Via Longa.

A empresa que avançou com a providência cautelar de arresto dedica-se à importação de artigos fabricados na China. A China do Séc. XXI era fornecedora da TBZ, principalmente em produtos que posteriormente eram ofertados ou vendidos junto com jornais de grande tiragem. Cheques pré-datados e letras bancárias foram entregues à China do Séc. XXI como garantia, mas não chegavam a ser pagos, avançava na altura o «Correio da Manhã».

Com o montante em débito a ultrapassar o milhão de euros, a empresa avançou com o arresto sobre os bens móveis da TBZ, mas também sobre a exploração das marcas Benfica, FC Porto e Sporting. Contudo, os interesses dos clubes estão defendidos por cláusulas nos respectivos contratos. Ou seja, em caso de falência ou de arresto de bens, os contratos dos clubes com a TBZ são imediatamente denunciados, logo extinguindo-se o direito da China de a Séc. XXI utilizar o merchandising dos três grandes nacionais.

Com a ordem do Tribunal de Benavente, funcionários judiciais, acompanhados da GNR, procederam ao arresto de bens, invariavelmente produtos com símbolos do Benfica, FC Porto e também do Sporting. O CM apurou que para além do armazém da TBZ o arresto estendeu-se ao armazém vizinho, para onde a empresa visada terá deslocado alguns dos bens móveis.
Continue a ler esta notícia

Relacionados