Plano de reestruturação do BES passa por redução de pessoal

O programa de reestruturação que o Banco Espírito Santo (BES) tem para inverter o crescimento dos custos operativos vai passar por uma redução de pessoal.

No entanto, o presidente da comissão executiva do Banco, Ricardo Salgado, garante que em cima da mesa estão, essencialmente, reformas antecipadas e integração de trabalhadores em outras áreas de actividade.

Na conferência de imprensa para apresentação de resultados do primeiro semestre, quando questionado se este plano de reestruturação pode passar por uma redução de pessoal, o CEO disse que iriam «ter que equacionar várias coisas, uma delas é essa». No entanto, lembrou que a instituição financeira tem um contrato colectivo de trabalho e que, portanto, essa redução deverá ser feita por «reformas antecipadas», que o banco já tem vindo a fazer.



Outra das possibilidades é então «a reconversão de actividades», nomeadamente a transferência de pessoal administrativo, por exemplo, para a área comercial. «Uma área que até pode ser mais atractiva, mais dinâmica», acrescenta.

Rede já está bastante «racionalizada»

Certo é que, para além das reformas antecipadas, esta é uma «reestruturação nos backoffices e integrações», sublinhou ainda, escusando-se a adiantar um número para essa redução de pessoal e garantindo ainda que o objectivo de expansão da rede de balcões se mantém.

Até porque não poderia ser de outra forma, já que segundo o mesmo responsável, o BES «tem uma estrutura de recursos humanos muito enxuta. A nossa rede já está bastante racionalizada», explicou.

É de referir que os custos operacionais registaram um aumento de 11,1%, nos primeiros seis meses do ano, para os 499,8 milhões de euros, face a uma subida de 6,1% do produto bancário consolidado, que atingiu os 409 milhões de euros.



O BES anunciou esta quarta-feira os seus resultados do 1º semestre, tendo os lucros caído 28% para os 264,1 milhões de euros.

As acções do BES seguem a ganhar 1,04% para os 10,13 euros.

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