O presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, recusa-se a rever as metas estratégicas para 2010, antes pelo menos do primeiro semestre de 2009.
É que, apesar da crise, a confiança do banco em que pode alcançar os objectivos definidos mantém-se. «Continuamos a manter (as metas) porque, de facto, o exercício de 2007 foi muito bom. Num ano conseguimos crescimentos que podíamos ter em dois. Portanto podemos ter um ano mais difícil agora e chegar lá», afirmou o responsável, durante a apresentação dos resultados do 1º semestre.
Ainda assim, se tiverem mesmo que se sentir obrigados a alterar as metas, caso a conjuntura piore, Ricardo Salgado garante que nunca será «antes do primeiro semestre de 2009».
Quota de mercado melhor que restantes indicadores
Recorde-se que o banco estabeleceu como metas estratégicas um aumento médio anual, do resultado liquido em 20%, entre 2006 e 2010, o que quer dizer que espera atingir lucros de 850 milhões nessa altura, um ROE de 19%, uma redução do cost-to-income para um nível inferior a 45% até 2010, bem como um rácio Core Tier1 de 6% e uma quota de mercado de 22% também nessa altura.
No final deste primeiro semestre de 2008, o BES registou uma queda dos lucros em 28% para os 264,1 milhões de euros, com o cost-to-income a fixar-se nos 48,2%, face aos 42,2% do homólogo. Também neste primeiro semestre, o Core Tier1 desceu 0,9 pontos percentuais fixando-se em 5,7%.
A quota de mercado está nos 20,6%, um aumento quando comparado com os 20,2% de Junho de 2007.
As acções do BES seguem a ganhar 1,04% para os 10,13 euros.
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BES não quer rever metas antes do 1º semestre de 2009
- Monica Freilão
- 30 jul 2008, 15:27
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(Notícia actualizada com mais pormenores)
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