Lucros do BES caem 28% para 264,1 milhões de euros - TVI

Lucros do BES caem 28% para 264,1 milhões de euros

BES diz que Banco de Portugal não falhou

(Notícia actualizada)

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Os lucros do Banco Espírito Santo caíram 28% no 1º semestre para os 264,1 milhões de euros. O banco de Ricardo Salgado tinha atingido, em igual período do ano passado, 366,8 milhões de euros.

«A actividade do Grupo BES no primeiro semestre decorreu num contexto de crise internacional sem precedentes, que provocou: uma acentuada desaceleração económica, o recrudescimento das pressões inflacionistas, uma elevada volatilidade dos mercados, o encarecimento das matérias-primas e uma generalizada escassez de recursos financeiros, tanto no mercado doméstico como nos mercados internacionais. A conjugação negativa destes factores originou uma penalização dos prémios do risco, prejudicando a retoma dos mercados e o restabelecimento dos normais níveis de confiança dos agentes», revela a instituição financeira, em comunicado à CMVM.

Custos sobem

Os custos operativos registaram uma subida de 11,1% para os 499,8 milhões de euros. Esta subida, segundo a instituição financeira, deve-se ao «aumento dos custos operativos devido à expansão da actividade internacional e ao aumento da rede de balcões concretizada no exercício anterior (mais 73 unidades que as existentes em Junho de 2007», revela.

Os custos com pessoal registaram um aumento de 7%, enquanto os gastos gerais administrativos subiram 4%. «O aumento dos custos com pessoal decorre da actualização da tabela salarial, das promoções e do aumento do número de empregados, tanto na área doméstica como na área internacional (com especial incidência em Angola e no Brasil). A evolução dos gastos gerais administrativos reflecte o alargamento da rede, o lançamento de campanhas publicitárias e ainda das iniciativas associadas ao Euro 2008», salienta.

Triangulo estratégico pesa 64%

Já a área internacional do Grupo teve um desempenho positivo, tendo os respectivos resultados aumentado 59,1%, «uma performance que contrasta com a redução dos resultados na actividade doméstica (menos 41,3%)».

O banco destaca a contribuição com origem no triângulo estratégico (Espanha, Angola e Brasil) que atingiu os 49,1 milhões de euros (em igual período do ano passado atingiu os 23,1 milhões de euros), ou seja, cerca de 64% dos resultados realizados no exterior.

Segundo a instituição liderada por Ricardo Salgado, «os níveis de liquidez e de solvabilidade mantêm-se confortáveis», com o rácio «core Tier I» e «Tier I», segundo o método padrão de Basileia II, a situarem-se em 5,7% e 6,6%, respectivamente.

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