Hipers e supermercados: quem se sai melhor com a crise? - TVI

Hipers e supermercados: quem se sai melhor com a crise?

  • Rui Pedro Vieira
  • 23 jun 2009, 14:55
Hipermercado (foto de arquivo)

Grupo do Continente e Modelo mantém-se na liderança

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As empresas de distribuição lidaram bem com a crise em 2008, apesar de terem sentido o impacto, particularmente no último trimestre do ano passado.

Mas quem saiu mais a ganhar nesse ano turbulento? Segundo o «Ranking APED-Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição», apresentado esta terça-feira, a Sonae Distribuição, que detém as insígnias Modelo e Continente, apresentaram o maior volume de negócios, de 4.755 milhões de euros e um crescimento de 23 por cento em relação ao período homólogo.

Distribuição gera mais 65% de empregos em quatro anos

Segue-se, na segunda posição, a Jerónimo Martins, que detém as marcas Pingo Doce e Feira Nova, com 2.665 milhões de euros e uma subida de 18%. O grupo Auchan, detentor da marca Jumbo, e o Lidl surgem nas terceira e quarta posições, com 1.434 (mais 12%) e 1.236 milhões de euros (subida de 10%), respectivamente.

Segundo o mesmo relatório, o volume de negócios total da distribuição aumentou 12% no ano passado, para mais de 14 mil milhões de euros, ou seja é correspondente a 8,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Mais 266 novas lojas

Olhando ainda para o volume de negócios mas por áreas, o comércio de produtos alimentares representa já 69% das vendas, seguido a grande distância das vendas de bens de electrónica de consumo (10% das vendas), outros (8%) e mobiliário (7%).

A APED refere que a liderança da Sonae Distribuição é ainda reforçada pela liderança das suas insígnias, quer no retalho alimentar, quer no não-alimentar. No primeiro caso, a Modelo Continente cresceu 21% para os 3,222 milhões de euros de volume de negócios, enquanto a Worten avançou 16% para os 648 milhões de euros.

No entanto, a marca que mais cresceu no ano passado aparece apenas no oitavo lugar em termos de volume de vendas: trata-se da IKEA, que subiu 51%. Com crescimentos muito expressivos estiveram ainda a Leroy Merlin (mais 34%), a Media Markt (mais 33%) e a Moviflor (mais 22%).

A crise também não travou a abertura de novas lojas: houve um crescimento de 13% face a 2007, ou seja mais 266 novos estabelecimentos. No total, a distribuição fechou 2008 com um total de 2.394.000 metros quadrados de área de venda, mais 11% do que no ano anterior.
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