Goes Ferreira diz que não beneficiou de perdão de juros do BCP

O responsável revela que fez uma renegociação dos contratos de financiamento, que resultaram em ajustamentos das margens dos empréstimos, avança a «Lusa».

Joe Berardo e a Teixeira Duarte, dois dos maiores accionistas do banco, pediram ao BCP que os informasse se é verdade que o banco perdoou juros em divida, no valor de 15 milhões de euros, de empresas controladas por José Manuel Goes Ferreira, como noticiou esta terça-feira o «Jornal de Negócios».

Em comunicado, Goes Ferreira refere que «o assunto referido (pelos jornais) diz respeito a uma negociação das condições de remuneração dos referidos financiamentos, ocorrida em Novembro de 2005, da qual resultou um ajustamento do spread médio aplicado pelo banco ao conjunto das empresas».

Goes Ferreira, que assina o documento, afirma que este tipo de operações se enquadra «no normal relacionamento das instituições financeiras com os seus clientes» e garante que «os juros determinados foram atempadamente pagos».

O empresário, que detém cerca de 2,1% do BCP, emitiu este comunicado depois de o próprio banco ter anunciado, hoje, que está a fazer uma nova averiguação integral das operações com clientes denunciadas pela imprensa nos últimos dias, afirmando que não houve qualquer irregularidade reportada aos organismos de controlo.