Quase 60% das empresas esperam exportar menos em 2009 - TVI

Quase 60% das empresas esperam exportar menos em 2009

  • Rui Pedro Vieira
  • 25 jun 2009, 09:59
Quase 60% das empresas esperam exportar menos em 2009

Menor procura externa e concorrência dos mercados são os factores mais determinantes para este recuo

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As empresas portuguesas estão preocupadas com a sua capacidade de exportação nestes tempos de crise financeira. Mais de metade delas (58 por cento) esperam exportar menos do que em 2008.

É esta a conclusão do inquérito que a Associação Industrial Portuguesa (AIP) realizou em Maio e Junho e que foi apresentado esta quinta-feira no «Seminário-Internacionalizar Portugal: Um Modelo de Futuro», que decorreu em Lisboa.

O principal factor negativo para a quebra esperada nas exportações é o recuo da própria procura externa, citado por 63% dos inquiridos como o mais determinante. Aliás, 53% das empresas inquiridas consideram que a procura vai ser inferior ou muito inferior à que obtiveram no ano passado, já de si um ano de grande instabilidade. Só 26% esperam que seja superior ou muito superior.

O segundo factor mais citado, em 17% das ocasiões, é a concorrência nos mercados externos. Seguem-se as questões ligadas ao financiamento (em 6% dos casos) e ao seguro de crédito (15%).

No período prévio à actual conjuntura, os motivos mais citados pelas empresas inquiridas como barreiras às actividades exportadoras da empresa foram tópicos como a dificuldade de acesso aos apoios à internacionalização, questões ligadas aos seguros de crédito, os procedimentos alfandegários ou as barreiras tarifárias.

Medidas anti-crise pouco importantes

Quando questionados sobre o conhecimento das medidas anti-crise anunciadas pelo Governo, 84% das empresas dizem conhecer as referidas. «Além disso, quanto menor as empresas são, maior é o grau de desconhecimento», justificou o administrador-executivo da Associação Industrial Portuguesa (AIP), António Alfaiate, na apresentação desta análise.

Além disso, 42% dizem que as mesmas são pouco importantes, 12% nada importantes, ao passo que 39% classificam-nas como importantes e 7% como muito importantes.

Por fim, 73% dizem ainda que a apreciação do euro tem efeitos negativos na actividade da empresa.

Este inquérito da AIP envolveu 626 empresas, com as respostas recolhidas entre Maio e Junho.
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